Radar.

"Fica pra outro dia, ser um cara importante.
Se quem importa, não se importa.
Tchau radar, vamos adiante."


Eu sempre fui assim mesmo, não que, de fato, algo não tenha mudado ao decorrer de todo esse tempo, mas que, de fato, alguns padrões provenientes não sei de que, me cercam e seguem ao longo de minha trajetória. Fazendo-me, em dias assim, refletir sobre seus devidos significados, erros, objetivos -há de haver algum- e soluções...
Não me julgo, porém, ser corajoso. Sou ser completo de defeitos, que certa noite, percebera que só lhe tinha amor dentro do peito. Não sei mais as leis da física, todas aquelas fórmulas e símbolos da tabela periódica, não sei falar de história nem mesmo de geografia. Não me importo...
Mas sempre fui assim, meio parte intensidade, meio parte partida das despedidas que couberam nas páginas da vida. Meio cheio, meio vazio, meio metade de metades.
Meio gato assustado, olhando sempre ao redor. Onde haverão de estar, as rotas de fuga, se algo der errado?
Meio cão carente, procurando por petiscos, pequenas recompensas de quem ama, um afago, um abrigo, um colo.
Pois sim, dessa vez não foi diferente.
A ferida sangra, cicatriza e abre-se novamente, com sua intensa repetição ao longo dos dias, ao longo das horas...
Nunca soube o que fazer, confesso.
Outra madrugada de devaneios, ao me encontrar com aquela antiga foto e aquela onda que bate, tão forte que parece ter força suficiente para matar.
Permaneço então assim, como sempre fui, como há de ser, até um dia não ser. Será?
Pois a esperança cresce em alguns cantos, encantos, acende uma pequena fagulha, mas a noite é fria ... e chove.
Então que chova e chore, que lave e seque.
Que caia, que foda-se! Que chore.
Tolice mesmo foi pensar, como até mesmo ontem pensara, que fosse assim tão fácil, assim tão diferente. Que mudar fosse, como um estralar de dedos, repentino após o aviso sonoro - súbito e de repente - . Tolice foi acreditar, cegamente, fielmente. Deixar-se levar, levar, levar, levou. Se foi.
Os olhos nos cegam, quando estamos diante da verdade que não queremos ver, dos sinais que lhe são enviados. Aproveitando-se de cada brecha, cada pequena oportunidade, parar falar, para sonhar, que assim, numa esquina qualquer, está destinado o encontro de dois amantes há pouco desolados, há pouco repartidos, mastigados. Mas perante tal cegueira, designados somos a, lutar, se esforçar e ver. Ver, Ver-dade. E as brechas continuarão lá, longe, longe, longe...
Tolice mesmo é tudo isso que chamamos de "amor".
Foi também, dar aquele primeiro passo, maior que o próprio espaço, tão complexo quanto tal fenômeno. Talvez seja também, não despedaçar-se completamente em braços que há muito não vê, que quase não mais reconhece, não falar tudo que está guardado, das noites incansáveis, das cartas não enviadas.
De que valem as palavras, se por vez, serão esquecidas, perdidas nas páginas virtuais, como tantas outras, ditas na mesma?
De que valem as palavras, se leitor nenhum há de saber seus procedentes?
De que valem as coisas, se não compartilhadas?
Nada muito faz sentido.
Pois, novamente, tolice fora acreditar.
Mas sempre fui assim mesmo, o fim não me parece tão diferente, como pensara no início.
Mas ah,

"Fica pra outro dia, ser uma obra prima."

https://www.youtube.com/watch?v=5jVvjs94r0U

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014 às 04:30 , 0 Comments

Aquele domingo sem graça, café frio na geladeira.
Lembrar de lembrar, lembrar de esquecer.
Lembrar de respirar, lembrar de viver.
Esquecer das lágrimas, das dores, do passado.
Esquecer para lembrar, lembrar para esquecer.

Os pensamentos ficam rodeando sua cabeça, sendo pescados em determinados momentos do dia, vindo-lhe a lembrança desagradável do adeus. Mas a memória não tarda a mudar, a espantar todas aquelas imagens que já se foram, pesca por vez alguns olhares, um sorriso lindo que passou pela calçada e com suas saias largas atravessou. Ao redor há campos, flores, cachoeiras.

Desconecta-se.

~ Adios!

domingo, 7 de dezembro de 2014 às 21:52 , 0 Comments

Quem?

Quem é você? Você veio para um café ou vai ficar mais tempo?
Quem é você? Quer sentar ou já vai?
Quem é você, você sabe?
Se não sabe, podemos descobrir.
Quem é você? Vai me dar a mão ou prefere ir sozinha?
Posso te acompanhar, deixar-lhe à porta e seguir. Não me importo.
Mas me diga, quem tu és?

O que faz aqui? Vamos passear?
É lindo conhecer-te.

Posso ficar, se quiser. Posso ir, se precisar (eu/vc).

O que tu queres? Diga-me, para eu saber, como agir, como lidar.
Me preparar, me abrir, me permitir.
Mas nem eu mesmo sei o que quero.
Sei que quero ficar mais um pouquinho antes de ir.
Vou esperar um vento mais forte bater e me levar, mas por enquanto estou aqui, você vai ficar então?
Ótimo. Pegue um cigarro...

Que tal um sorvete, um abraço, um beijo? Quer bala?

Quem sou eu? Vou ficar ou vou partir?
Não sei quem sou, mas vou ficar até descobrir e partir quando me perder.
Mas os dias têm muitas horas e o ano ainda tarda a acabar.
Sobram-nos mais alguns dias, muitas outras horas.
Mas em que ponto se dará o recomeço?

Quem somos então, senão desconhecidos se conhecendo a cada hora desconhecida que se passa?
Se renovando a cada novo segundo, cada nova experiência.
Quem somos então, senão parte da história que escrevemos, da parte que nos cabe a saber, a viver, a escrever. Capturando as fotos mentais de todos os momentos, aquele prédio, a montanha, o sol...
Os sorrisos, abraços...

~Não quer ficar mais um dia?
E outro... e outro...~

Quem é você? Quem sou eu?

O que somos nós, juntos?

sábado, 6 de dezembro de 2014 às 04:34 , 0 Comments

Uma brisa que não quero editar...

02:23 Dona Ervilha Revanges [17]: e ai
02:23 Bruka Waxordo Revanges [136]: ai que pensei num baguio loko
02:23 Bruka Waxordo Revanges [136]: hahahah
02:23 Bruka Waxordo Revanges [136]: bem, ele não acaba
02:23 Bruka Waxordo Revanges [136]: NUNCA
02:24 Bruka Waxordo Revanges [136]:  
02:24 Bruka Waxordo Revanges [136]: enfim ...
02:24 Bruka Waxordo Revanges [136]: tava refletindo sobre mim, né... Como mus sentimentos se organizam
02:24 Bruka Waxordo Revanges [136]: e tal
02:24 Bruka Waxordo Revanges [136]: como é esse amor
02:25 Bruka Waxordo Revanges [136]: ai fiz uma metáfora, de que os sentimentos, algumas veszes, temos que jogá-lo pro alto, qndo agt ama mto uma pessoa e ela qr voar, ou ela simplismente se esvai
02:26 Bruka Waxordo Revanges [136]: e há uma camada, no céu, que jogamos essa energia, e ela vai crescendo se alimentada, e como uma núvem, qndo pesada, ela cai em nossas cabeças
02:26 Bruka Waxordo Revanges [136]: trazendo tudo a tona
02:26 Bruka Waxordo Revanges [136]: o q acontece qndo eu encontro algumas pessoas, dais quais amo e sou apaixonada
02:27 Bruka Waxordo Revanges [136]: parece que acende um fogo, uma chama e tudo vem
02:28 Dona Ervilha Revanges [17]: jiló veiiiiii
02:28 Dona Ervilha Revanges [17]: eca
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: mas as pessoas tem esse problema
02:29 Dona Ervilha Revanges [17]: hm
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: de não alimentarem isso
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: jogarem td sentimento compartilhado, no passado
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: e pegar o aprendizado e seguir em fte
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: qndo a nuvem cai, agt pode esquivar
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: e ela se vai pra sempre
02:29 Bruka Waxordo Revanges [136]: ai podemos dizer que o amor morreu
02:30 Bruka Waxordo Revanges [136]: pois não foi devidamente cuidado, e mesmo qndo cuidou-se sozinho, não foi agarrado
02:30 Bruka Waxordo Revanges [136]: caindo no vazio, do esquecimento

às 02:35 , 0 Comments

daqueles blogs de 'um café e amor, quentes.Por favor.'

Da próxima vez, vá aos poucos.
Não imaginas quanto dói.
Vá com calma e não hesite.

Da próxima vez, espera o café ficar pronto, coloque as coisas no lugar, termine de fumar.
Dê um último beijo e não saia correndo.
Pode ser que isso cause danos maiores, desnecessários.

Tudo vai continuar como sempre,
as coisas estarão no mesmo lugar,
o mundo vai girar, vamos cair e levantar.

Mas pode respirar.

Lembre-se de deixar boas memórias e tudo engasgado, para fora.


Da próxima vez não vai ser eu,
da próxima vez há de haver alguma primeira vez.
Há de haver.

Da próxima vez, refaça as malas, peça ajuda.
Espere o café esfriar
Vá aos poucos até sumir, como bolhas de sabão ao céu...
E segue, e voa.
Mais algumas semanas, 'só um pouquinho de proteção'.

Mas vai, como veio...

Devagar, intenso e para sempre.

Da próxima vez.
~~

"...quentes, por favor."

terça-feira, 2 de dezembro de 2014 às 04:59 , 0 Comments

A geração do passa passa.

Tudo passa, tudo passa.
Mas que palavra sem graça.

Mas é real, tudo realmente passa, mas será que passa porque precisa, ou porque deixamos passar?
É fácil seguir a inércia do mar. Difícil é nadar.
Deixar que as coisas passem, não é alivio para ninguém.
Nesse mundo, ninguém mais quer segurar nada.
Tudo é tacado pro alto, porque um dia vai passar.
É tanto amor passando, é tanta mentira rolando,
que difícil mesmo é saber o que é verdade.

Difícil saber por onde seguir, onde pisar.
O ser humano é tão social, e tão... estranho.
Mas como ser social nessa sociedade que as coisas são coisas,
pessoas são pessoas, e sentimentos não importam?
Como ser social na sociedade momentânea,
onde coisas ocupam lugares de coisas,
pessoas substituem pessoas, e o dinheiro manda?

Não há flor que sobreviva,
não há sol que pare de queimar,
não há ser que se possa viver, acreditar.
Nada a fazer, esquecer.

Mas, vai passar. Como tudo passa.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014 às 02:17 , 0 Comments

Ali jazz o romantismo.

Não há mais motivos,
o céu estava claro de mais.

~Levantou-se certo dia, colocou as roupas para lavar.
Cabelo bagunçado, cara de sono, caminhou cambaleando para a cozinha, vazia.
Refletiu por alguns segundos ao admirar o teto, tão branco, vazio.
Teve devaneios ao observar o céu lá fora, os pássaros voando, voando, voando.
Sabe que não pode voar como eles, mas ao fechar os olhos, pode sonhar e a sensação é como o bater das asas, rumo a um objetivo.
Porém algo está queimando, dentro do peito, fazendo tudo ficar mais complicado, mais dolorido.
Como aliviar essa dor, não sabe. Investe em algumas metáforas, alguns pensamentos, e algumas tentativas já falhas. Hora de tomar alguma atitude. Mas porque? Valeria a pena? Iriam lhe escutar?
Cansou-se de pensar, de chorar e de lamentar. A verdade estava estampada em sua face, quase que rindo em sua cara~ Na vida existem poucas promessas que são eternas, lembra-se daquele primeiro 'eu te amo'~ Porém tudo já estava mais do que certo, mais do que real. A verdade dói. Nem sempre é precisa ser dita e fatos e atitudes mostram por si só o que a boca não é capaz de falar e o coração de aceitar. Sentou-se na cadeira e fumou mais um cigarro, tentando manter todas as boas memórias, todos os momentos, mas algo está errado, as lágrimas voltam a tentar cair. Respira fundo entre uma tragada e outra, não consegue acreditar, foi tudo uma mentira. Algumas coisas realmente não fazem sentido, sentido nenhum fazem algumas coisas.
Hora de levantar. Pegou aquelas fotos, os livros, as roupas. Jogou em algum lugar por ai, jogou ao mar as memórias. O destino que se foda, ter total controle sobre os sentimentos, desenhar uma nova história. Não há mais nada que possa ser dito, que possa ser escrito, recitado, desenhado, demonstrado, para mudar o trágico fim, a decorrência dos fatos.
O romantismo morreu, afogado nos mares das desilusões...
Foram-se queimados alguns papeis, aquela carta que nunca terminou, nunca entregou.
A esperança teve que morrer, a estaca teve que sair e deixar o organismo seguir seu fluxo de regeneração.
Voltou para casa, sentou-se à mesa de domingo, pegou as roupas na máquina, o céu de novo lhe traz lembranças, será que alguém poderia imaginar, que por trás desse sorriso, o coração ainda sangra e chora, e dói. Dói. Dói...
Desmorona-se então no travesseiro, como nas últimas noites.

~~


Não faz sentido,
não é mais tão colorido.

às 01:54 , 0 Comments

Devaneios de ônibus e piscina.

Perdeu-se no mar que mergulhou,
selecionou sua zona de conforto e boiou.

Perto da margem segura,
para melhor ao sol se banhar,
e fugir, também, da amargura.

Não muito longe,
há outro a observar,
do alto de uma árvore,
a descansar.

Porque tudo há de ser assim, questionou.
Tão perto e tão longe, estou.

Olhando-a distante, a se divertir, a explorar...
Chora lágrimas de saudades,
que caem ao mar,
e de seu rosto escorrem e secam ao ventar.

Elas salgam a água,
se misturam com todo o resto.
As vezes, algumas gotas tocam o corpo dela,
infiltram em sua pele
e entram em suas células.

Um modo de manter-se por perto.
Mas o tempo passa e um dia,
as lágrimas vão parar de cair ao mar,
e sobrará no peito, aquela nostalgia.

Não sei se há volta.
Jogar para o alto e esperar vivendo.
Nascemos e morremos a cada dia...

~~




domingo, 30 de novembro de 2014 às 20:15 , 0 Comments

conto


Começou a questionar seus passos, movimentos, pensamentos e até sentimentos... 
Quando, dia comum de domingo, lhe foi feita tal pergunta.
Refletiu, mudou de rumo, mudou de remo.
Seguiu o vento e seu coração.
Tudo batia mais forte, andara meio angustiado tal órgão involuntário. Percebeu que a pressa o estava sufocando, que mesmo se acalmasse seu coração, a cidade à sua volta não ajudava nisso. Se cansou e seguiu para o som do mar. Antes disso, correu pela cidade, pagou suas contas e falou tudo que tinha para falar. Plantou suas sementes e não se esqueceu de aguar. Deu um beijo em sua mãe que se pois a orar. E sua amada eventualmente a chorar. Deixou o beijo doce e o abraço sufocado, a esperança de voltar.
Percorrendo a cidade, viu ruas, vielas, escadarias e passarelas.
As pessoas que passavam tão desapercebidas com o ambiente ao seu redor, pela janela do ônibus, quase explodindo de dor de cabeça, sorriu ao ver um belo garoto no ponto. Do lado de fora, longe de seu alcance, apenas lhe restou observar. Ele dançava o que parecia ser a coreografia de alguma música da Britney Spears, com seu fone de ouvido. Dançando sem vergonha, sem medo de ser feliz. Fazendo caras e bocas que fez um sorriso sair do rosto, que durou mais que alguns segundos. As pessoas do ponto, tão preocupadas em seus pensamentos, suas contas, suas dividas, seus celulares, tudo de posse que têm, mal olhavam o garoto. Parecia mais como uma flor brilhando no cinza da cidade.
E o pensamento foi seguindo...
Lembrou daquela pergunta se pôs-se à rodoviária.
Ela era... "Você é feliz."
Pensando nisso resolveu toda sua vida. Decidindo mudar.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014 às 01:33 , 0 Comments

Sobre evaporar e o show da fresno.

Há tempos estava, mais uma vez, filosofando sobre a vida e as metáforas tão criativas que as pessoas conseguem fazer da mesma.
Naquele processo de evaporar, onde cada pedaço do seu ser tenta fluir, se separar, espalhar.
Ter o desdobramento total da mudança de fase e contudo suas confusões e dores, mas também, a importante experiência.
Vez em quando evaporamos, passamos por experiencias complicadas, as vezes, traumatizantes, como no amor.
Mas sempre me brota a esperança. Por essa evaporação.
Talvez o ciclo seja apenas um ciclo mesmo. Mufasa já explicara à Simba o ciclo sem fim. Posso até parafrasear Paramore

"Esse círculo nunca acaba
E está na hora de você encara-lo"

Para então, tentar concluir, que não da pra ter raiva do amor. Não tem como pensar em nunca mais ser feliz, nem poder experimentar algo que um dia lhe foi tirado. Para concluir que esse ciclo, é também dado por mudanças. Mudanças duradouras, mudanças trágicas, transições.
Certo que não é nada fácil superar um amor perdido, um namoro de um ano. Porém, toda evaporação, de uns anos para cá, me fez perder o medo. Pois minha alma já havia habitado tantos lugares, tantas transições, chorado tanto, sofrido, que não havia muita coisa mais para piorar. O tempo passa, as coisas mudam e as vezes a duradoura exposição ao sol, faz-nos evaporar. As vezes assim, sem mais nem menos. Nossos pedaços já estão por ai, se desprendendo das coisas, querendo voar, juntar-se a outras partículas e moléculas, novos ares. Para então um dia liquidificar para fluir.
Teve meses que chovia, transbordando toda dor, toda tempestade, em forma de lágrimas. Teve meses que garoava, inundando todos ao redor com aquele sentimento nostálgico do filme em baixo da coberta, aconchegante, cheio de amor.
Tive então de deixar-me.

Fluir.
Despedaçar.
Transitar.
Desprender.
Evaporar.

Pois não da para ficar sozinho. Além dos gases nobres, não há nada que seja perfeito, que não precise de alguma interação, que não possa fazer parte de um conjunto, para obter uma função.
Pensando nos números, ou até relações sociais.
Se não fosse o x, y,e z, o espaço não existiria, e desenhos 3D seriam impossíveis de serem feitos, seriamos como nos desenhos 1D, com uma dimensão, sem toque, sem curvas...
Sem outro ser humano, viveríamos e morreríamos sozinhos, por um motivo nada mais que sobreviver e morrer.
Não faria,ao meu ver, sentido algum.

...

Posso aproveitar a oportunidade, também, para dizer que pelo menos esse ano, um texto antes do meu aniversário com mais pontos positivos do que os do ano passado, isso já é um avanço.
Para sair um pouco da mesmice, quero mudar. Vou mudar.
Mudar como sempre tive medo de mudar. Aceitar a mudança, como aceitei minha evaporação -há alguns anos atrás -, flexibilidade e aprendizado. E confiar nos instintos como nunca confiei. Os tempos estão mudando,e já não tenho mais medo. Nem do amor, nem da vida.
Se for para ser, que seja. Já não consigo mais fugir, fingir.
Minhas intenções, por mais confusas e estranhas que sejam/foram, sempre foram sinceras, de coração, e errando que fui aprendendo. As chances de estragar algo novo, são enormes, e por muitas vezes mergulhei no medo do escuro, na inseguranças dos meus passos, "Seguir em frente, sem saber se há um buraco ao próximo passo, ou voltar, pisando exatamente onde pisei, até encontrar a luz por onde entrei?"
Dessa vez eu fecho os olhos e arrisco correr, sem olhar o caminho. Se não der certo, numa próxima, vou vendada e de costas, sempre em frente. Dando tchau para o que passou e evaporando por mais tempo, que seja.

Pois é. "Não é todo rio que tem um mar pra se encontrar,
da pra evaporar e encontrá-lo através do ar."

Posso dizer o que aprendi em um livro que li no começo do ano, todo sofrimento é um polimento para o ser humano, cabe a nós percebermos isso e aceitar que toda forma de sofrimento é necessária, para reflexão, para evolução e transição. Tudo que me doeu e arrancou lágrimas ao longo dos meus quase 22 anos, hoje me faz sorrir, me faz aliviada por ter passado, porque passa, tudo passa, e dura o tempo que tem que durar e passa no tempo que tem que passar. Fazendo-me sentir mais calma e aproveitar cada segundo que tenho controle sobre, o presente, única variável que quase tenho controle total, naquele segundo de decisão, de ação e instinto. Que irá definir todas as próximas ações e acontecimentos, tentando ser o mais sincera possível com amor e alegria. Carpe Diem.
Por ora, posso dizer que quero só sorrir, abraçar e beijar. Espalhar as cores mais belas pela cidade, e pintar o céu de arco-íris. Quero pensar em mim, em você e em todos.
Quero gritar que estou apaixonada e extravasar todo sentimento bom que isso me proporciona, dizer que ver os olhos dela de manhã me faz ver galáxias distantes e estrelas nascendo, na imensidão do universo, com mais magia que a própria vida em si.
Quero meus amigos, um bom rolê com risadas, bar e vez em quando chuva de forninhos.
Queria dizer também, que talvez não esteja mais evaporando, que penas não buscar algo, o faça chegar sem mais nem menos, bagunçando tudo e iniciando, novamente, tal transição de fase. Há também a possibilidade de evaporar junto, com as chance de algumas moléculas se fundirem, tornando-se quase que uma macromolécula, criando assim a liquidificação. Hora ou outra, choveremos na mesma bacia, na mesma fluente, na mesma nascente. Que seja o lugar que for, seja você quem for. O que for pra ser, será.

Sobre evaporar falei de mais, agora sobre o show da fresno....
Morrerei se tocarem essa música.

APENAS. 


quinta-feira, 2 de outubro de 2014 às 02:04 , 0 Comments

Poesia.

Queria saber fazer poesia,
para descrever em versos
os girassóis que vi aquele dia.

Nos olhos dela,
o castanho claro,
navega pelo verde,
quase que amarelo.

Fitei seu olhar por alguns segundos,
ele parecia me convidar
a um mundo paralelo.

Se eu soubesse rimar,
rimaria as letras de seu nome
com ousadia, amor com alegria,
banho gelado e noite fria.
Somaria seus olhares a paladares
que experimentei aos luares,
de vários lugares.

Queria ser poeta,
saber a reta, discreta,
que une seus laços aos meus abraços,
encurtá-la, junto com o tempo,
e fazê-lo passar mais lento,
no eterno e efêmero momento.

Calcular as curvas do seu corpo,
pelo pouco, que me resta tentar.
Dizer amar, sem pensar.

Fazer um verso sincero,
singelo,
quase que terno.
Lembrar dos beijos,
desejos,
duradouros lampejos,
de seu amar.
Me faz pensar.

Se eu soubesse fazer poesia,
ela seria assim.
Sem começo, sem fim.

Sobre você,
sobre mim.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 às 01:00 , 0 Comments

Cinco, seis, sete da manhã. Quantas horas a mais irão se passar?
Nessa inconstante onda de sentimentos, que vez ou outra deixa-me dormir por semanas, mas hoje, fez-me acordar de manhã. Ao espanto de um sonho ruim, abro os olhos com o corpo tremendo. "Hoje não! Porque?". Olho pela janela, ainda é cedo, o céu mal começou a sorrir, está escuro e faz frio.
Caminho pela casa e fumo mais um cigarro, cada tragada um sentimento... Me faltam cigarros em momentos como esse.
Pensamentos devaneiam minha mente, há realmente algo que o universo queira me mostrar? Ou és o meu destino, tentando me dar outra lição?
Talvez seja os dois, ou talvez não seja nada disso.
Já dizia a música, "Mas as emoções, as vezes pregam peça em nós". Por via das dúvidas colocarei a culpa, não mais em meus hormônios, mas nos cosmos, no dito cujo inferno astral. Porém, todavia, entretanto, será isso mesmo? Ou apenas sentimentos indo e vindo na hora errada?
Não sei em que parte me encaixo nesse jogo e, para falar a verdade, não sei nem mesmo se quero jogar. Mas fui arremessada ao tabuleiro, sem me ditarem as regras, sem maneira alguma de escapar.
Me recuso a acreditar, mas tenho que jogar.
Como as pessoas se dão tão bem, nesse mundo, do jeito que ele está? Me falta alguma carta na manga? Alguém se esqueceu de me dar a espada, o cartão de dicas, ou todos têm acesso à uma informação que desconheço. Talvez tenham sofrido lavagem cerebral, para lhe faltarem algum senso, tiraram-lhes o coração, o sentimento, a compaixão.
Tudo vira uma bola de neve, enquanto tento acalmar meus pensamentos e redigi-los, não poderia nem ao menos listá-los, se não tivessem todos emaranhados, entrelaçados e alguns até fundidos entre si.
O tempo vai passando e por muita força de vontade, hesito em dar o primeiro passo, tudo em minhas entranhas dizem para correr, fugir. Sinto-me isolada do resto do mundo, e, sempre fazendo a coisa errada. Outro cigarro...
Penso em como desejaria tal abraço, porém não sei se faço por merecer... Tento me livrar da vontade de fazer algo insano, loucuras de amor, esquecer-me desse sentimento todo, desse sentimento tolo.
Amor, meu amor. Onde está você?  Eu não sei, e isso me dói. Onde procurar, onde lhe esperar?
Pois passaria a manhã inteira esperando-a, ouvindo o cantar dos pássaros, as pessoas passando pelas calçadas, na correria do dia a dia, sentada em uma pedra, na companhia de um bom livro, ansiando o momento de te olhar, pela primeira vez, no dia. Onde meus únicos devaneios seriam por qual rua irá aparecer, qual roupa estará usando, quão duradouro será o abraço e quão doce será o beijo.
Mas de alguma forma, hoje me levanto em penares, pois o sol já está quase acabando de nascer e ainda não sei, não sei de nada. Eu sabia que estava fugindo, será que era disso? Necessidade humana, estúpida de querer saber as coisas, mas se não fosse essa tal curiosidade, de onde surgiria a ciência, ou as leis da física? É um caminho novo, do qual nunca trilhei, o que não falta é medo, tanto quanto coragem. Porém, por onde começar, cadê as reeegras????? Fuck!
Coisas que ninguém sabe, e as vezes, depois de uma noite mal dormida, que vem escurecendo o caminho, tornando-o nebuloso e assustador, sinto vontade de não querer saber, deixar tudo para trás.
Porque será que o ser-humano é assim? Poderia ter nascido gato, ou pássaro, talvez até um golfinho, ou algo que ainda não descobriram, quem sabe um senhor do tempo? Vivendo numa galaxia distante, Gallifrey.
Ser ou não ser? Diria Shakespeare, porém finalizaria com Sócrates. "Só sei que nada sei"










quarta-feira, 10 de setembro de 2014 às 07:16 , 0 Comments

Eu não sei o que estou fazendo aqui, muito menos para onde eu vou. Tento fazer minha vida com todos os pedaços de segundos que me são dados a cada dia.
Eu não sei porque respiro, nem quando vou parar de respirar.
São todas essas inconstâncias das circunstancias, que já não cabem em meu bolso...
Na verdade eu não quero saber, não quero dizer. O que acontece é o que acontece e assim que são as coisas. Um dia de chuva, um dia de sol. Caindo e levantando.
As vezes a sociedade me da aquela fisgada, olhar para trás e querer o que não tenho, uma casa, uma família, um futuro, o amor. Cada fisgada me assusta, me complica, me interna.
Mas quer saber? Essas fisgadas são apenas conceitos, conceitos para controlar o meio social, ilusões não percebidas a muitos passageiros da vida.
Eu prefiro a inconstância, prefiro as não definições, os acontecimentos.
Saber que em um segundo a felicidade pode voar de minhas mãos, voar para longe para continuar a ser felicidade.
E o amor vai passeando, pulando de corações, como aquela canção que talhamos na árvore de carvalho, como aquele dia no parque de mãos dadas, como aquele adeus que ficou no ar como seu perfume ao se afastar...
Eu não sei o que é amar, eu não sei o que é amor. Não posso pegar, não posso moldar como massinhas de farinha, água e sal...
Mas posso sentir, como o sol toca minha pele e a lua clareia a rua...
E sobre as relações? Bem, ai eu realmente não sei de nada mesmo. É muita confusão e complicação em cima de algo simples, imposto pelos pais, amigos e namorados.
Se lembra daquele dia?
As flores exalavam seu cheiro, viviam com suas cores e o girassóis clamavam a luz do sol, você me deu a mão e foi embora, nunca mais voltou. E porque? Não sei também.
Não quero saber. Aconteceu na inconstância da vida. Meu coração chorou, mas como uma criança que cai logo voltou a sorrir, pois antes de ir embora, me deu a mão e disse adeus, e isso que me importa, se antes de ir me ficou a lembrança, que nada nem ninguém me tira.
Eu sei do meu passado, ele me formou mas não me rege, não me guia.
Prefiro a incerteza das ruas que nunca pisei, das pessoas que nunca conversei e dos sentimentos que nunca senti. A saudades passa por mim e é carregada pelo vento em direção aos que não estão mais presentes, levando a mesma sensação (de nostalgia talvez), que me fora oferecida antes de soprar.
E assim que tem que ser, não vai doer, não vai ficar, vai passear no vento para logo nos visitar, talvez as tempestades nos façam girar, girar 180º em direção do abraço, da voz, do encontro. Para então decidir onde soprar, talvez até a brisa sesse e se acalme por um tempo.
Estou querendo chegar à conclusão dessa inconstância, digo, não é algo que se controle.
E para falar a verdade, me sinto honrada de todas minhas tarefas e "fases" serem bem sucedidas, de tirar tanto quanto aprendizado, boas amizades e eternos amores.








quarta-feira, 23 de abril de 2014 às 01:07 , 0 Comments

Ta vendo aquele pedaço de terra? Ninguém o está usando e pertence a só uma pessoa.
Ele mal usa e deixa aquele matagal... Sabe aqueles muros? Na minha imaginação ele não existe, e todo esse pedaço de terra é um grande parque, verde, aberto e com um campinho de futebol. Nele há um morro, pequeno morro, onde encontram-se flores e passarinhos, para chegar ao campinho, aquilo que era pra ser um morro de grana, se torna um belo escorregador, caindo direto na grama fresca.

sexta-feira, 18 de abril de 2014 às 02:50 , 0 Comments

Quimica da depressão.

Sair de uma prova de orgânica, sabendo que não sabe nada. Pensando m tudo aquilo que estudou.
"Comemorar" no bar, fazer amigos, se divertir... Na volta pra casa, dentro do carro ao abastecer, ler "Etanol." De repente tudo vem na cabeça, as fórmulas, os compostos, o álcool, a cetona, as carboxilas... Lembrar da questão da prova...

É, o que resta é entupir-se de chocolate e um filme de romance.

Boa Páscoa.

às 02:30 , 0 Comments

Sinto saudades de quando tudo era mais simples. Nos dias chuvosos era chocolate com jogos online.
Fui jogado assim na vida, sem rumo... Vagando pelos vãos dos becos que encontrei pela frente, conhecendo cada um, cada pintura, cada buraco, cada esconderijo... Não sei o que é viver, não sei o que é morrer. Futuro, que palavra assustadora, não quero saber o que esperar do mesmo, e do passado sobram as experiências. O que será crescer? Evoluir? Mudar... Será?
Onde é o meu lugar? Se não é mais o conforto de todas as decisões que era tomadas por mim, antes mesmo de me conhecer por gente... À a época da escola... Comer dormir e ir à aula... Nos tempos livres? Brincar, jogar, conversar. Mundo nostálgico, de relembrar todas as pessoas nos corredores, passando, ficando, passando, ficando...
Quando tudo se tornou tão incerto? Pois é, temos que escolher por entre todas as coisas que o mundo lá fora nos propõe, tomar decisões, trabalhar, estudar, trabalhar, amar...
À o amor... Era puro e inocente e agora não passa de dor... Transições da vida, mais confuso que o próprio viver, sem sentido e nos empurrando como a maré que leva a areia da praia, porém não tão suave quanto.
Vivendo agora para entender como funciona essa coisa da vida adulta.

quarta-feira, 16 de abril de 2014 às 01:52 , 0 Comments

Esse jeito estranho de amar.


Mais uma vez se faz fumaça. Um quarto escuro, uma música no rádio.
Pensamentos atormentando minha mente, coração apertado, pedindo algo para aliviar a pressão que faz quere-lo explodir em pedaços. Como se chama esse estranho jeito de amar?
Periodicamente em meus devaneios me pego pensando porque não ser como os outros, porque não entender tudo isso e aquilo, do modo que a sociedade nos impõe? Até o amor chega a ser vitimado pelas pressões sociais e visões impostas implicitamente. Meu Deus, que vida triste.
Hoje meu coração - por mais uma vez chora-.
"Mas eu não sei amar" Me pego pensando pelos cantos. Alguém de longe me diz "Você ama, mas do seu jeito."

Realmente me engano ao pensar assim. Pois o amor é como borboletas, como passarinhos...
Estão livres pelo ar e de repente... Se foram... Voaram... Migraram, mas não pararam de existir.

Mas como lidar? Como guiar? Como entender? Como proceder?

...

Só sei que nada sei, diria o filósofo.

...

Não sei onde estou, não sei quem sou. Quem dirá eu explicar ainda para alguém, que sabe nada mais do que eu que sei de nada...

...

Os amores se separam, a ultima música foi cantada, a ultima lágrima derramada. Nessa inconstância de sentimentos, nessa bagunça que chamo de vida. E na porta do meu coração em letras grandes se faz : Aqui jaz sua visão de mundo social. Não entre.

às 01:28 , 0 Comments

Faço-me de momentos assim. Pobre alma sem sentido, se reabrindo com palavras de obrigado.
Assim se faz o meu legado, valendo a pena morrer assim, que pelo medo do esquecimento se esquecera do essencial da vida - amigos -.
Compartilhamento qualquer, sem tempo presencial, na mais profunda pureza da alma.
Mesmo não se lembrando como fizera, tendo se perdido nas angustias e tristezas da vida, em algum lugar realmente vivo está, nos corações de quem permanecera sempre em seu, naquele lugar cuja leve, livre alma transcende as chamas de todas as dores e cicatrizes.
De fato, hoje me esqueci, mas aos meus passos trazidos ao coração da Av. Paulista, ao ver aquele sincero eu te amo naquele lindo olhar, lembrei-me subitamente de viver, de pensar e de amar.
Arrancando-me assim minha melhor parte, destrancando facilmente as portas da minha personalidade, chave da qual pareço não possuir, meu eterno eu te amo, com o mais belo sorriso e abraço acolhedor, um simples obrigado por me fazer pensar no que realmente vale a pena viver.
Despedindo-me assim com palavras em um caderno rabiscado, dizendo-lhe que dispõe de toda a liberdade que o mundo é capaz de nos oferecer.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014 às 00:09 , 0 Comments

Queria ser mais. Queria ser algo.
Depressiva mais uma vez, sentada no quarto vazio, o cigarro a queimar, redigindo palavras e sentimentos, ambos, sem razão.
Talvez esteja fazendo tudo de errado e controverso em minha vida, para estar me sentindo assim tão regularmente, ou pela ressaca mal passada de noites mal dormidas.
Me cansei de falar, me esqueci o som da minha voz, vivendo assim sem compartilhar o que sinto têm sido horrível, horrível mesmo é saber que não se faz diferença alguma.
Se a vida fosse como nos filmes não seria assim tão difícil e amargo o gosto do sol raiando, iluminando-nos pelos cantos mais sombrios...
'Estou ficando velha, estou ficando louca'.
Talvez me perdendo nos livros, nas canções e nos longas da vida, seja mais suportável assim viver.
Estou cansada dos talvez, Miles procurava por um grande Talvez, estou cheia deles.
Isolamento causado pela vida, pelas decepções, quanto tempo ainda levará para o ferimento cessar?
~~
Queria coisas que não posso ter, queria significar algo mais no mundo, talvez um prêmio Nobel, quem sabe? Ao descobrir que me vale toda essa sensação, essa terrível oscilação entre bem e mal, variações de humor, a pessoa que sou, será que sou assim? Ou apenas me perdi por alguns anos, pelos caminhos tomados erroneamente?

"Pedi tão pouco à vida e esse mesmo pouco a vida me negou. Uma réstia de parte do sol, um campo [...], um bocado de sossego com um bocado de pão, não me pesar muito o conhecer que existo, e não exigir nada dos outros nem exigirem eles nada de mim. Isso mesmo me foi negado, como quem nega a sombra por falta de boa alma mas para não ter que desbotar o casaco [...] "

As palavras não me valem tanto, quero ações, atitudes. Se faço tanta falta porque nenhuma ligação é feita? Nenhuma visita em meu leito? Como se não fosse mesmo tão importante assim. Se sobre amizade idealizei dos filmes, dos livros, alguém para ser simples e fácil, ou até mesmo alguém para me fazer soltar toda essa raiva que vezes me assombra.
Não quero que me julguem, não quero que me peçam para ficar, não posso ter controle sobre minha própria felicidade quem dirá a de alguém. Responsabilidade tal que me assombra nas noites de frio e de calor, na verdade em todas elas - as noites-.
Me dizem que preciso me achar, pois bem, não estou conseguindo. Queria ter forças também para pedir mais, chorar mais e reclamar mais, mas qual vão sentido das palavras se ainda me deito em completa solidão.
Talvez eu deva fugir para algum lugar, correr bem longe de todas essas coisas vãs. Não peço nada senão compreensão, alguns cigarros e palavras de carinho.
Meu coração transborda em amor, porém o universo parece ter se esquecido de retornar-me tal perfeição. Me dói a facilidade que as coisas se perdem, se esvaem, me dói a rapidez que as pessoas entram e saem de minha vida, deixando saudades e sonhos, promessas não realizadas e talvez nunca mesmo serão.
Eu sinto saudades, isso me mata. Saudades de ti, saudades de mim. Saudades de nós, todos os nós pregados em minha parede.
As coisas que quero fazer, as coisas que deviria ter feito, nada tem graça nessa solidão. Porque a vida me priva de tão simples aconchego, porque é tão difícil e quase impossível juntar todos que amo em uma sala? Porque é tão difícil me encontrar com alguém, que já não esteja por ai fazendo qualquer outra coisa mais importante, como viver?
Mas tudo bem, um dia de cada vez. Uma vida por um século, por sua determinada [?] duração.
A sociedade me sufoca, as ideias plantadas em nós me impregna, as pessoas em sua falta de liberdade, aceitação, e seu carrego de insegurança.

Se fosse fácil, não seria tão difícil.

~~








segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014 às 01:05 , 0 Comments

Acabou a luz de casa.

Era sexta-feira, beirando uma da madrugada e ainda não havia luz.
Já que não fora à balada ou a festas com os amigos,
qual inúmeras coisas poderá se fazer numa noite dessas?
Sem hora para dormir, sem hora para acordar, apenas relaxar e aliviar os estresses da semana,
Bom...
Tomar um banho, ver um filme, comer algo, jogar, ler um livro...
Mas pera... Já era para estar fazendo algo e estou aqui, esperando a luz voltar... Daôra.
Depois da dificuldade de pensar que não teria banho, nem filme e putz, nem aquele livro!
Cozinhar no escuro...
...
De repente me vem à lembrança de um grande detalhe em uma só palavra... Alasca!
"Quando eu for pro alasca vou ter que aprender a fazer coisas no escuro! Tenho fogo, não sei porque reclamo.
Após tal pensamento, fui capaz de fazer todas as coisas, mesmo sem ver a cor, textura, nem a quantidade que iria se fazer
sem saber de verdade o que ia comer, fui capaz de esquentar o alimento, colocar em uma tigela e comer!
Simples, Foi só me livrar do medo do escuro, que pude ouvir a voz do meu sonho...
Não é sobre um lugar, não é sobre o gelo ou civilização afastada, não é sobre o próprio país, nem mesmo pelos seus habitantes... Quão dirá a uma garota.
É sobre liberdade, é sobre voar, sonhar, acreditar e amar... É sobre sorrir, se divertir e aprender, sobre compartilhar...
Resumindo inúmeras definições... É sobre viver.
...
Alaska!

sábado, 15 de fevereiro de 2014 às 22:12 , 0 Comments

Na incostancia da depressão e ansiedade.

Por mais que eu haja de maneira mais 'alegre' possível, canalizando bons pensamentos sobre a vida, o mundo e as coisas... Mesmo mantendo todo o amor por perto, dando tudo que possa dar de bom e produtivo de mim para as pessoas ao meu redor, trabalhando e estudando...

Na verdade nunca fui aquelas pessoas que ficam fazendo o que não gostam para sei lá, alegrar os outros, não sei. Sempre fui fazendo as coisas por mim mesmo, pelo meu bem estar, de acordo com meus gostos... Tudo bem, há um monte de coisas que eu gostaria de fazer e não posso, digo, não agora, mas eu também não fico reclamando da vida, dizendo que não tenho dinheiro para isso, que não tenho um celular com todos esses aplicativos que para mim só servem para ficar piscando e assoviando enquanto as pessoas trabalham, estudam ou tem o seu momento de lazer... Na verdade mesmo, eu to pouco me lixando para os cômodos que o dinheiro possa me proporcionar, mas enfim, meu foco não é esse...
Essa tal de depressão, que muitos acham que é coisa da nossa cabeça, que 'É só um dia ruim', 'é só uma fase', 'é tpm' , 'se liga e cresce'... Meu cú para vocês... É como se eu escolhesse ficar horas e horas acordada, sabendo que não importa o que eu faça, tudo se conspira de modo negativo, me tornando um ser completamente inútil, que passa horas e dias na cama... Na boa, eu queria que fosse coisa da minha cabeça, que fosse questão de mudar de ambiente, situações, dar reviravoltas na vida, mas na moral, já estou cansada de ficar procurando soluções para uma coisa que vem e volta na minha vida. Talvez seja mesmo como os médicos dizem, "Uma doença"... E quem estou querendo enganar?

Estou deprimida...

~~

Não importa o quão perfeita minha vida esteja, como as coisas me vêm correndo bem, e o céu está sempre ali sorrindo para mim (Ultimamente me torrando, masq)... Enfim, nada disso importa, todas as noites antes de dormir sinto essa porra de desconforto, como se algo estivesse errado, comigo, com meu corpo, com o mundo, com as pessoas,  algo de errado com tudo... Mas não há nada de errado... Só comigo mesmo, cérebro idiota. Como dizia minha professora do Ens. Médio... "Você passou duas vezes na fila do cocô", talvez o meu tenha passado nenhuma vez na hora de produzir os fucking hormônios, no caso da depressão, serotonina... (Só esse que tenho conhecimento, devem haver mais alguns hormônios ai) ...
E tem todo esse preconceito social, é mãe, é amigo, é cão e gato, sempre dizendo, e apontando nas nossas caras "Blablabla vc fica ai tomando esses remédios", ou pior "Vá procurar Jesus"...
Como se Jesus pudesse implementar mais serotonina no meu cérebro.
Mas enfim, me encontro assim há dias, há tempos...
É uma vontade de nada, é falta de sono, é sono nas atividades cotidianas, isso vêm acabando com a minha vida, e na moral, Life Sucks...
São 4 da manhã e ainda não consigo dormir, me sinto inútil pois sei que amanha o dia será pior ainda, já que tenho que ir trabalhar e depois ir à faculdade...
As vezes me perguntam "O que está te deprimindo?" , eu paro para pensar e não chego a conclusão nenhuma, bem que eu queria fazer, iria tacar fogo nessa porra, jogar as cinzas no rio quem sabe...
As vezes eu tenho aquele sentimento de que nada vai funcionar, nada vai dar certo, uma vontade constante de cair em prantos, e sempre nesses momentos me encontro afundando casa vez mais em algum lugar escuro... Estou ansiosa sim por um monte de coisa, ok, todos os blogs e livros de auto ajuda, me mandam fazer esses exercícios mentais, ou até mesmo conversar com alguém, diminuir a ansiedade e talz... Mas no momento, m sinto tão triste com a dura realidade, talvez nem seja assim, mas pelo menos é o modo que estou a vendo no momento... Estão todos ocupados com suas outras coisas e só me resta mesmo são folhas em branco e a cama vazia. Perdi essa coisas de querer ficar falando de problemas, sentimentos ou qualquer outra coisa, alias, quem sou eu? Eu não sou nada, apenas mais um composto de carbono, perambulando sem sentido nessa 'coisa', nesse planeta, um grão de areia na galáxia, mais um ser humano perdido, à procura de uma palavra de denominamos felicidade, mas no fim, ninguém sabe explicar exatamente o que é, como alcançar, tocar, pegar... Presa num sistema que não faz sentido algum, onde pessoas morrem bem antes de seu tempo 'natural' por mãos de outros semelhantes sanguinários...
Não me sinto muito importante, nem muito relevante na vida de alguém, ao mesmo tempo não quero causar problemas e preocupações para uma coisa qual nem eu mesmo sei dizer o que está havendo.
Estou decepcionada, machucada... Como um gato assustado, não sei...
A vida é o que ninguém vê, será?
As vezes penso nos filmes, e em como nos identificamos pelos personagens, que passam os fins de semana lendo livros em sua cama, andando de bicicleta por lindas paisagens e chorando ao ter o coração partido por alguma garota qualquer... Como ele cresce e se movimenta quando está sozinho...

~~

A questão aqui é que me sinto triste, vez em quando. Desolada, sozinha...
E talvez hoje seja mais uma daquelas noites que tentarei esquecer ao acordar, mas sempre voltará para me atormentar, me encontrar na cama plenas 4 da manhã, chorando sem motivo, coração angustiado... As vezes queria sair correndo, sem olhar para trás, correr para lugar nenhum e nunca mais voltar... As vezes sinto como se não quisesse mais existir e acabar logo com todo esse sofrimento sem porquê. Não sei se é algo do passado, ou medo do futuro, talvez os dois, talvez nenhum, talvez o arrependimento que não ter feito tudo o que deveria fazer, e a realidade dizendo que algumas coisas são mesmo irreversíveis... Não sei...
~~

Dreaming for na Alaska...

~~

Boa Noite ://





quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014 às 04:30 , 0 Comments

Lendo, relendo, reaprendendo.

"Apenas perdido num mundo de fantasias,
onde pedaços de vida se compõem ao final de cada linha.
Estagnado naquele momento vil,
um disco de vinil a rodar
ganhando tempo paras se amar."

Preso, trancafiado no quarto, imaginação aflorando nos diversos contextos escritos por um autor qualquer. A vida lá fora é triste, minhas leituras me proporcionam todos os sentimentos que posso pensar em algum dia ter. Não ligo para a confusão que crio, os mundos que invento e os personagens que amo. Na minha leitura mental, ligo meus fatos, meus passados e crio sinônimos de amor, crio minhas próprias situações diversas, perdidas em linhas de pensamento sem fim, que me iludem ao amanhecer e me confundem ao fechar os olhos... Pessoas e situações rodeando minha cabeça, na mais bela poesia de cores que posso criar com os tons que encontro em seus olhos profundos, naquela nuvem de sonho, me imagino pescando flores de ouro, esmagando-as com a mão e fazendo chover gotas douradas de pó.
Vira e meche alguém aparece para me dar oi, me dar um abraço e novamente ir embora, deixando apenas seu rastro, seu cheiro e também a possibilidade sem fim de um dia se encontrar em mais um desses devaneios noturnos...
O bom mesmo é saber da realidade, e sem querer algum dia trombar com algumas dessas situações, e mesmo com a efêmera vontade de correr, as pernas não me permitiriam andar, minha boca não permitiria falar e meu coração não se tardaria a paralisar, permanecer ali sob a constante linha entre fantasia e realidade, sabendo que no final tudo aquilo aconteceu.
Restando-me apenas momentos como esse, onde a poesia encontra meus pensamentos, transforma meus medos e se forma um texto daqueles sem nexo, como tudo em minha vida não vivida....

...

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 às 01:51 , 0 Comments

Redigindo pensamentos de ônibus.

Talvez eu não tenha me tornado a pessoa que pensei que fosse ser um dia. Ultimamente tenho pensado sobre as fases da vida. Será que estatisticamente as coisas tendem a seguir esse padrão? Talvez não siga necessariamente idade, numero, gênero ou condição social. Deve haver em algum lugar um porque ou alguma explicação. (Necessidade estupida do ser humano de procurar sempre essas vagas titulações.) Talvez eu deva ter que seguir as escolhas que estatisticamente me levem à um devido comportamento, ou será apenas o tempo mesmo?
Já dizia o filósofo "Só sei que nada sei"...
As vezes a vida me frustra sobre ver que na época do colégio e até um pouco depois, eu vivia na certeza que era assim que seria, na cegueira de atitudes mal tomadas e diversões perigosas, mas na verdade eu nunca soube bem o que fazer.
Podemos ter sido feitos uma para o outro mas as condições das qual não sei, tenha nos levado para longe... Perdidos entre elos cortados sem porquê. Vivendo separadamente em conjuntos distantes de atitudes, com lugares  afazeres se intersectando em algum lugar no tempo e espaço da vida que vivemos, proporcionando encontros e desencontros entre trabalho, estudo, escola...
... Nesses tempos talvez possa pensar que nas pequenas intersecções de nossos conjuntos, possa existir um infinito de possibilidades, que quando acontecerem, possamos fazer que sejam os melhores, talvez deveria ter durado um pouco mais de tempo aquele abraço.

Não sei o que me reserva o futuro mas posso viver o hoje seguindo meu caminho de encontro ao desconhecido.
Mas o ponto são as fases que nos restam... Sempre distantes, talvez erradas e contraditórias. Deverá haver uma forma de reconciliarmos?
Se houver ou não, tentarei descobrir. Me incomodo com o fato da vida seguir essa tendência onde me encontro sempre tão distante de todos os que um dia amei
Gostaria que os dias fossem mais floridos e que as intersecções fossem infinitas, se finitas, pelo menos muitas, e num espaço não tão grande de tempo... Que pudesse desenhar minhas linhas de acordo com as tuas, satisfazendo um grande conjunto conjunto...
Se ao menos...
é ...
Não sei de nada...

às 01:33 , 0 Comments

Conto de mais um sonhador desesperado.

Ele não sabia porque estava naquele local, naquele horário. O dia estava vazio e solitário, precisava tirar forças de algum lugar para seguir. Parado naquela praça, lendo as ultimas paginas de um livro que viria a ser seu favorito, olhou aquela rua, com alguns velhinhos passeando com o os seus devidos cachorros de raça. Mas ele estava ali, paralisado no momento, debaixo daquela arvore... Filosofando sobre a vida e as condições que o levaram àquele devido lugar... Decide então pegar rumo em direção à lugar nenhum. Pegando um ônibus qualquer se vê em uma grande avenida.
Hoje caminho com meus pés pensou... Continuou então andando, sem pensar onde iria, sem querer chegar... Pensando "Hoje é dia, hoje vou dar-me a oportunidade."
Dar-se oportunidade de qualquer coisa incrível a acontecer, se viu caminhando naquela rua que passara anos atrás vagando à procura de um grande amor. Mas que dia ruim, pensou. Nada de novo pode acontecer.
Caminhando, sentindo o vento em seu rosto, cerveja gelada na mão, "vou dar-me a oportunidade"... "quem sabe apenas por hoje me permitir a aventurar qualquer coisa que me apareça, cansado da rotina trabalhista e das vadiagens sem sentido."
Sem saber seus pés foram lhe guiando sempre em frente, mesmo que seus pensamentos conturbados e cansados lhe martelassem a cabeça, criando dores em todos os pontos de incômodo, lhe assombrando no passado e viajando no futuro, mesmo com toda essa confusão sua serenidade não foi afetada. Sim, pernas, continuem...
Ao virar-se, logo após desistir de uma grande fila, a encontra...

De longe ela diz "Olá, como vai?"

~~

"- Com certeza és a garota mais linda e maravilhosa que já encontrei em toda a minha vida, deixe-me ver seu mundo, deixe-me participar, seja apenas por hoje, talvez amanhã ou quem sabe uma semana, que dure para sempre, que dure somente por esse pequeno espaço e tempo, pequeno espaço de matéria que separa nossos corpos, tão pouco distantes, porém não tão perto quanto meu coração anseia agora, avistando-me nessa situação. "Alguns infinitos são maiores que outros" e esse infinito momento em que meus olhos fitaram os seus, por essa primeira vez, estará em meu conjunto de infinitos significáveis, onde deles levarei para a vida eterna, transformando-me cada vez mais sereno, com belos momentos de recordação. Neles poderiam haver mais, quem sabe?
Garota, mal te conheço e posso lhe dizer tanto, pelo que meu coração suspira ao meu ouvido, poderíamos ser muito mais do que apenas dois desconhecidos perguntando sobre senhas de banco. Talvez em algum espaço de tempo haja um amor verdadeiro e essencial, e sinto-me imensamente grato por ter pelo menos por alguns segundos, talvez, experimentado pelo menos alguma parte desse mesmo amor citado acima. Se eu ao menos pudesse lhe dizer, se minhas pernas se mexerem e se meus lábios pudessem pronunciar qualquer palavra... Seu eu entendesse esse raio que invadiu meu espaço, minha mente, minhas tormentas, minhas confusões, deixando nada mais que um espaço pleno e tranquilo, olhando a gama de possibilidades que poderiam surgir a partir daquele momento crítico entre um oi e um adeus. Se pudesse explicar-te, mas não. Não posso, e nem conseguirei..."

~~

-Estou bem, mas já estou de saída. Até mais...





segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014 às 01:00 , 0 Comments

Poesia complicada, perdida, desmovimentada.

"Prometa-me uma tarde de inverno, onde o vento gelado bata em nossos rostos e possamos reclamar do lábio que treme, da mão que gela, que em um abraço já se esquentou, mas agora o coração gelou.
Que os ventos não levem seu cheiro, e meu cabelo bagunçado não permaneça por muito tempo assim, que possa com confiança tocar as entrelinhas interditadas de minha vida, para pelo menos um segundo de paz dar-me-á. Pode ser na padaria, na rua ou no bar. No banco da praça ou no chão, na grama talvez então...
Só lhe garanto minhas incertezas, meu olhar, e nunca meus pensamentos, como antes fora naquele dia de calor, na cerveja de almoço, dê-me a conta seu moço, num bar em agosto.
Prometa-me que será como sempre, como deveria ser, conversas normalizadas num contexto longe do passado, que as dores esteja agora no lixo e as alegrias na memória.
Posso esperar por isso como anseio a liberdade, como anseio bater asas e voar para longe, para onde pertenço e sempre pertenci, anseio por dias assim, dias que mostrem que perdidos nos devaneios mentais não chegamos a lugar algum, que mostrem-me que estar ali de fato poderia fazer, e faz, toda a diferença. E cada respiração sua foi contada por todas minhas células respiratórias."

domingo, 9 de fevereiro de 2014 às 22:25 , 0 Comments

Necessidades básicas...

Ando refletindo bastante sobre isso, talvez mais uma maneira de entender a vida, aprender a vive-la e sentir-me bem...
Era uma noite de tpm das fortes, desanimo, vontade de chorar e sem sentido de viver, sexta feira... Passei o dia todo com "Cara de doente" como disseram no trabalho... Enfim...

As necessidades básicas de cada animal, como o ser humano não passam de comer, beber, descansar...(reproduzir, mas blablabla)
enfim, a partir daí temos nossas obrigações, nossos lazeres e nosso sonhos...
Qualquer obrigação se torna mais aproveitável com diversão, juntando assim o lazer...
Se gosto de ouvir uma música e odeio lavar louça, consigo lavar louça ouvindo música. rs...
Um ambiente em que se sinta bem... Enche-lo de energias boas e de muito amor.
Quando consigo satisfazer minhas necessidades básicas, me sinto muito bem e leve, depois disso. Podendo desfrutar mais de sorrisos e aproveitamentos de tempo...
Fico vendo essas pessoas estagnadas em casa, que ficam reclamando e reclamando (Eu era assim, acredite) e nunca fazendo nada.
Minha psicóloga me perguntou "O que um adulto faz" (Na orientação de eu entender que estou na vida adulta e não sou mais um adolescente com atitudes de adolescentes)... Eu fiquei pensando e refletindo sobre isso, porque...
Eu não sei... Eu realmente não sei o que um adulto faz, o que ele come e o que faz para se divertir, o que pensa e defeca. Não existe lá um manual onde se encontra no primeiro capítulo as meras instruções de 'uso', 'evolução', 'crescimento'... Ok, crescer deve ser difícil, aquele tapa na cara que tomamos da vida, para mostrar que as coisas passam e simplesmente acontecem, confesso que essa palavra sempre me assustou, crescer... Ao mesmo tempo que olho minhas atitudes decorridas dos anos e faço uma comparação, posso dizer que realmente alguma coisas mudaram.
Antes tinha medo de meu pensamento mudar, minhas atitudes mudarem, na real, ela mudam sim... a maioria delas... Mas ao mesmo tempo o que foi sempre essencial para minha felicidade permanecem, digo, nasci acreditando no amor, amor puro, amor ao próximo, amor à todos, não é porque estou com 50 anos que deixo de acreditar.(Exemplosfail)...O que quero dizer é que as coisas simplesmente mudam mas apenas as coisas que 'não encaixaram' no meu perfil. Talvez algo que me faça sentir melhor tenha tomado o lugar.
Voltando sobre os adultos, para mim ser adulto é ser o que eu vejo, o que eu sei sobre eles, pelas suas atitudes, mas não pela sua existência e essência...
Vejo pessoas infelizes, vejo famílias brigando, vejo guerra, fome e sangue. Vejo gravatas e vassouras, vejo formas de fazer as coisas com raiva, com gritos e violência. Vejo polícia matando pessoas, PESSOAS... Vejo nos olhos estagnados  dor e sofrimento, a incapacidade de encontrar em si forças para sair voando pelo poço... Vejo pessoas cavando sua própria cova, plantando em volta, e nem sempre são rosas.
Se ser adulto significa ter um emprego que ganhe bem e viver numa vida vazia entre dinheiro e responsabilidades, eu não quero.
Ser adulto deveria ser sobre saber administrar a própria vida, acreditar em seus sonhos e sempre seguir em frente, construir laços e espalhar o amor pelo mundo.
Ser feliz, sereno, amado.
É claro que existem as responsabilidades, e coloco elas entre as necessidades básicas da vida, assim como coloco também o lazer, os estudos, a diversão o amor... Uma coisa não funciona sem a outra. Não tem como satisfazer APENAS as necessidades 'responsabilisticas'  (?) sem que eu caia num looping eterno de fazer, fazer, fazer, me estressar, não resolver nada, fazer, fazer, errar, fazer, perder tudo e entrar na bad por dias... Sem que as minhas necessidades 'lazeristicas' da qual preciso para manter meu espirito limpo e leve, sempre sorrindo e vendo graça em tudo. Paz interior... e depois sim satisfazer as outras coisas, para que não canse, não carregue, sei lá...
Depois de um tempo as coisas já nem precisam ser separadas... Para mim crescer é isso, é chegar em um nível onde se consegue administrar as suas necessidades, e ao mesmo tempo também, respeitar as necessidades dos outros, cada um tem seu espaço, cada um precisa de um tempo para satisfazer as coisas que dão vida à sua alma... Seja baladar, seja dormir, seja fumar um baseado, seja ler, seja andar de skate, seja fazer sexo, seja qualquer porra, que te faça assim levar as outras coisas à processo...
Para mim ser adulto é ser isso, realizado, sempre em frente, cada vez mais perto dos sonhos e novos serem produzidos, ver na criança aquele mesmo brilho no olhar, que vê-se no espelho ao acordar... Para mim é amar, acima de todas as coisas, é trabalhar por algo que lhe dê mais conhecimento e dinheiro suficiente para manter-se bem. Passar de cabeça erguida por todas as batalhas, se recuperar, mesmo que lentamente, de cada fracasso.
Eu realmente não entendo essa concepção massiva de que temos que 'crescer' se dentro do sistema me mandam ser assim, eu não quero...

"Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente. Como um velho boiadeiro levando a boiada eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou...
Conhecer as manhas e a manhãs, o sabor das massas e das maças...
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir...
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega e noutro vai embora.
Cada um de nós compõe a sua historia, cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz..."


Enfim...

Feeling good.


domingo, 2 de fevereiro de 2014 às 00:35 , 0 Comments

To doctor who.

"Ele viajava, viajava e não ligava
Não vá sozinho lhe disseram
Nessa terrível despedida
Não supera os que vieram

Vá maltrapilho, voe com as estrelas.
Salve o mundo.
Vá Senhor, siga sempre em linha reta

Ele estava enlouquecendo
Sozinho naquela nave gigante
"onde os Ponds estão vivendo?"
Em um paradoxo distante

Vá maltrapilho, voe com mais alguém
Sem armas destrua o mal
Sonhe e sofra com tal destino.
Vá Senhor, o tempo não para e
o senhor do tempo nunca falha."

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 às 03:20 , 0 Comments

Can't

Não consigo dormir direito, cada vez que fecho os olhos meus pensamentos se afogam em mares tenebrosos, as lágrimas começam a aparecer e a escorrer dos meus olhos, eu sinto dor, eu sinto saudade... Me sinto só, mesmo sabendo que não estou.
Ontem a cabeça doía, hoje sinto vontade de vomitar, não sei quanto tempo posso seguir assim, fico pensado e pensando, contando carneirinhos e nada, nada faz passar...
Poucos que veem meu sorriso pelas ruas sabem que passo noites e noites chorando, e apenas eu posso
sentir tanto quanto resolver...

Give me novacaine...

Não sei o que tanto me incomoda, talvez a minha própria companhia inútil e sem sentido, esse coração que mal pulsa em meu corpo, se quebrando em pedaços em ver cada despedida, cada criança chorando. Parece que até mesmo a lua e as estrelas me abandonaram hoje a noite.
Que noite solitária...
Não importa quão rodeada esteja, meu interior está vazio, sem vida...
Meu automático me faz conversar, rir, mas por dentro só quero estar sozinha, mas no fundo isso vai me matando, mas qual será a solução? Será que vale a pena continuar assim, sendo que todas as noites são um inferno, uma tormenta para acabar?


"And I find it kind of funny, I find it kind of sad.
The dreams in which I'm dying are the best I've ever had" 
~~ 




às 02:28 , 0 Comments

Fenix.

Se as coisas fossem mais fáceis talvez não haveria mais graça.
Mas pelo menos uma vez? Um ano, quem sabe...
Todas essas cobranças e esperanças de me tornar alguém que não sou...
Não sou e nunca serei.
Preciso me libertar, preciso de vocês. Mas como seguir sem um amigo?
Como seguir sozinha?
Está tudo confuso e sem sentido. Meu corpo dói e treme, minhas esperanças se foram, não sei para onde.
Fones em minhas orelhas, um livro em minhas mãos, um pensamento voando longe, perdido, cansado, estressado. Quero cama, quero colo... Todo o amor do mundo não é suficiente, quero mais, preciso de mais.
Não quero mais palavras, estou cansada delas. Não quero sorrisos e abraços falsos, qualquer coisa feita sem finalidade alguma.
Sem perder tempo então eu vou seguindo, talvez me perdendo em goles e tragadas mas não me importo. "Um passo a frente, você já não está no mesmo lugar."

Ando um pouco chateada com as pessoas e a forma que elas veem agindo. Tão egocêntricas e egoístas, estagnadas em algumas opiniões, não aceitam as ideias e batem o pé no que acreditam (Não que haja problema nisso, mas que é foda defender algo que esteja socialmente errado). Não digo que sou perfeita mas reconheço pelo menos todos os meus defeitos, todos os reconhecidos por mim. Talvez esteja ainda fazendo algo de errado mas por nenhum aviso ainda não me toquei... Somos todos almas perdidas vagando e procurando sentido nessa coisa que chamamos de vida. Só julgam e julgam, não há coisa mais divertida que a novela, senão novela as drogas. Mas qual o problema de vocês?
Porém também não venho achando mais diversão em nada, nada fica azul sem a alegria do mundo. Onde ela foi parar? Onde estão meus sonhos e esperanças...?
Acho que com todos esses acontecimentos eles foram se escondendo e cabe a mim seguir uma jornada para novamente acha-los. Se escondendo dos males, das decepções, para não sumirem e acabarem, eu sei que eles ainda estão aqui. Porém ainda não sei o que fazer, onde encontra-los. Esse quarto vazio já não é o mesmo, e a cidade também mudou, as cores, o mundo, as pessoas, ou apenas eu... Apenas eu mudei, mas de novo? Mais uma vez perdida, sem saber, desta vez cansada de lutar, cansada de tentar... Porque tantas mudanças para sempre descobrir que não há lugar para mim...
Lugar nenhum do mundo.
Se mudo para melhor, mudo para pior.
Se estou bem, me põem para baixo.
Se estou mal, assim permaneço e assim estou, permanecendo.
Seria legal pensar talvez em ser uma fênix, ou até mesmo um barro que pode virar vazo. A diferença é a fênix renascer das próprias cinzas e o barro, precisar de alguém para lhe por a mão, lhe moldar. Sou barro ou fênix? Talvez somos os dois, há uma possibilidade de ressurgir com as próprias forças ou esperar por salvação.

Está na hora de ser fênix, na solidão de suas próprias cinzas... Renascer a voar...
Talvez quando nos tornamos fênix possamos voar para onde o vento nos levar, até novamente morrer.
Voar onde não há gravidade, onde há amor e felicidade.

...

Fly with me.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014 às 23:27 , 0 Comments