E fui como se não pudesse mais voltar atrás,
mas foi em um dia chuvoso como esse,
que subitamente a chama voltou a queimar,
naquele abraço quente.

Voltei como se pudesse ser diferente,
mas foi naquela noite, como hoje,
que a saudade bateu tão forte,
gritando essas semanas ausente.

Como num sonho real, de repente,
estava eu, entrelaçada, novamente,
entre batidas de corações
e veias saltando alegremente.

Foi como se foi,
será quando voltar.

Entre os devaneios da vida
a sensação de perda e arrependimento,
mas foi naquela noite de mãos dadas
que pude perceber a intensidade de cada momento apreciado com calma.
Do eterno, entre idas e vindas,
do para sempre no pequeno infinito de alguns segundos,
sentir-me em casa, tranquila.
Tudo muda, o amor permanece.
E muda, mudada, descabelada,
meu peito aberto no abrigo do meu abraço,
te quero até mesmo mal humorada.

Senti a flecha colorida passando por entre os poros,
emanando a energia de nossos corações
enquanto a noite caia e a chuva... Chovia.





domingo, 29 de novembro de 2015 às 23:23 , 0 Comments

Sonho, Imaginação e Fuga.

O portão grande me lembrava de quando eu era pequena, com todas as grades e fios de eletricidade. Era enorme!
Procurávamos um modo de entrar, mas naquela realidade alternativa foi até que fácil.
Enquanto eu fechava os olhos, imaginando onde minha vida havia me levado, o que estávamos prestes a fazer, você tirava a chave do bolso, me tirando dos devaneios e causando aquela tranquilidade com toda a exitação em sua expressão. "Vamos lá!"
Era uma cidade nova, uma praia qualquer, éramos 3 ou 4. Minha memória não permite lembrar exatamente em número, gênero e grau, mas você estava lá, como que me guiando adentro daquele corredor enorme.
Era a casa de algum parente, talvez seus pais, tios, seilá como paramos alí. Os corredores traziam suas lembranças e alguns momentos inesquecíveis. Meu coração acelerava, como se de alguma forma algo muito errado estivesse sendo feito. Mas não, estávamos apenas procurando diversão, aventuras, descobertas...
Caminhávamos explorando o local, era muito louco. E a noite foi cheia de surpresas, revelações. Como nadar pelados na piscina, um gole de vinho e uma fogueira. Foi uma bagunça.
Foi como um filme passando pela minha cabeça, o céu estava colorido e não canso de lembrar como meu coração explodia, uma sensação de vida, pulsando por todas as minhas veias, chegando à minha mente, tazendo imagens, muitas vezes confusas, mas muitas vezes bonitase cada instante tão intenso quanto o anterior.
Então, me lembro que alguém estava para chegar e deveríamos arrumar toda a bagunça que fizemos, deixar a casa intacta como se nada tivesse acontecido. O medo trazia uma adrenalina louca e corríamos contra o relógio.
Foi quando ouvi o som da garagem, dois, três carros chegando. "Ferrou", pensei. "RUN FOREST, RUN".
Fomos tomados por uma surpresa e pude ver nos olhos dos meus amigos aquele desespero, ao mesmo tempo que seus rostos se iluminaram com seus sorrisos, e aquele "Nos vemos."
Cada um saiu correndo para um lado e eu perdida com tudo aquilo sái correndo pela direita, enquanto dois corriam pela esquerda. Foi ali que me senti como o Homem Aranha, saí correndo pelo 3ro andar, tinha um muro e eu pulei...

...

Chegando na rua todos nos encontramos e saímos rindo para a próxima aventura, o relógio tocou...
8 horas, acordei. Belo sonho.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015 às 16:05 , 0 Comments

As aventuras de ser um apaixonado.

Sonhei com um beijo doce,
daqueles que o corpo dança em perfeita sincronia.
Aquela terça feira de manhã...

~
Sinto-me as vezes, tão sozinho.
Um ser não pertencente à lugar algum...
Cada dia um novo dia,
Cada dia uma alegria.
Voando pelo caminho.

~

Devaneios do coração em chamas,
não sei se queima de ardor,
ou uma explosão de amor.
Devaneios do coração ferido
por muitos dos  'amigos',
pelos meses sofridos.
Devaneios do coração aflito,
por todo aquele finito
não caber no nosso abrigo.

~

Tão confusa são as palavras,
que mal me expresso direito.
Sei que amar de mais,
sempre foi o meu defeito.
Tão difusas são as estradas,
que não sigo seu roteiro.
Só que que o que sinto,
nunca deixará de ser verdadeiro.

~

Fazia sol naquele dia, ele estava prestes a se pôr. Na minha história tão louca, dessa vida tão agitada, se escrevera mais uma página de devaneios. Enquanto observava o verde, contraste do azul, passando pela paisagem, mais de milhões de pensamentos tomaram conta de minha mente.
Mais um cigarro, para alguns deles morrerem na fumaça densa de gosto estranho,
mais um suspiro, alimentando os melhores pensamentos...
Mais um suspiro,
mais um suspiro...
De suspiro em suspiro, sinto-me caindo mais e mais profundamente numa poça de sentimentos incríveis, como todo apaixonado. Caindo de cabeça desse prédio,
mergulhando nos meus maiores medos,
mergulhando no mar que pode levar à completa destruição.
A queda me parece coloria, cheia de aventuras.
As vezes em apenas um segundo, toda a adrenalina pulsa em meu coração.
Ele bate, bate, bate. Fazendo o batuque de uma música,
talvez até um pouco melancólica. (Não me culpe, cresce em mim ainda um pouco de romantismo) 
Ele bate forte que até preciso controlar o nervosismo.
Por segundos consigo imaginar todo um universo, cheio de você, cheio de nós,
cheio de flores, cheio de nós entrelaçados, cheio de céus estrelados.
As consequências de se estar apaixonado,
levam a diversos lapsos de memórias,
memórias vividas, memórias sonhadas,
levam à vários atos, certos, errados, relatos;

O céu é roxo e a grama é azul...

E cada momento a não ser relatado,
e cada sentimento nunca mencionado.
Escrevendo nas páginas desse diário calado,
E cada beijo que não foi roubado,
e cada grito ao longe gritado.
E o final desse poema mal estruturado.

~

Onde estou?






quinta-feira, 29 de outubro de 2015 às 00:17 , 0 Comments

Quando era tudo normal.

E você se foi como o vento que soprou.
Como aquele vento que me trouxe seu perfume, aquela primeira vez.
Levou toda minhas inspiração, deixou-me aprisionada em um mundo livre, mas liberdade não estava mais em meu vocabulário, quando me vi entrelaçada em seus lençóis, quando vi minhas cores misturadas com toda a harmonia de sua casa.
Você se lembra?
Pois lembro de ter jurado meu amor em silêncio, enquanto ela dormia, enquanto me contava seus segredos, enquanto chorava em meu colo.
Lembro de ter imaginado a dor da separação, do sumiço daquela intensidade, lembro de ter imaginado tudo o que passei desde que foi embora.
Faz quase um ano, sei lá.
~~


"Era uma tarde normal, como todas as outras.
Meus planos eram os de sempre, trabalhar e aninhar-me naqueles cabelos.
Peguei o caminho, desenhando em folhas pequenos presentes, pequenos agrados.
Era uma tarde como todas as outras, fiquei para o café, sentei no sofá, esperei o jantar.
Dançávamos pela sala, pela cozinha, pela casa inteira, o som alto das caixinhas do computador.
Eu ara apenas mais um apaixonado, louco por aquela pessoa, que dançava, surtava e sempre se queimava no fogão. Um inocente, querendo carregar todas as dores daquela menina, que demasiadas vezes chorava, com alma de poeta, acreditando no felizes para sempre.
A noite caíra e era uma noite como todas as outras, a gente fala sobre a vida, fala sobre o passado, sobre o presente e o futuro fica para mais tarde, para o nunca mais.
Era uma manhã como todas as outras, eu levantava para o café, enquanto nossos corpos ainda quentes se desfaziam dos nós e partiam para mais um dia normal.
Mas até ai, era tudo normal antes daquele oi, daquela conversa, daquele beijo roubado, e das confissões de boteco. Fui cada vez mais me adentrando naquele pequeno universo, tão distante do meu, tão conturbado quanto meus pensamentos mais profundos. Entrei de cabeça em um oceano em fim, sem medo de me afogar. Mas no fim, as lágrima serviram para forçar-me a nadar para longe de toda essa tempestade.
Parecia outra tarde normal, às idas e vindas do trabalho, ela disse que me amava..."

Dois meses depois, desaparecia... 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015 às 03:54 , 0 Comments

~Tango Novo~

É mais ou menos assim:
Aprendemos cada dia e observo calma as pessoas à minha volta.
Mas pelas minhas observações, é cada vez mais difícil se relacionar...
Não nesse sistema, não com toda essa tecnologia, não com tanto descompromisso...
Há muita falta de companheirismo.
Talvez as minhas experiências não tenham sido lá tão boas, mas entre aplicativos e baladas, amigos de amigos e pessoas que nos são apresentadas... Ninguém quer nada com ninguém, porque é chato namorar, porque ninguém quer ficar preso à ninguém e todo mundo quer ser independente e autossuficiente, porque dá muito trabalho entrar em outro universo, muito mais trabalho ainda, abrir todas as portas do coração, porque dói, porque é melhor alimentar paixões platônicas, porque nessa atualidade, vivemos entre ilusões, sempre preocupados com uma coisa ou outra, o presente, atual, nunca está presente. É tão difícil se conectar nessa cidade grande.
Nossa ansiedade pela resposta na hora, pelos pedidos de cinema, pelos 'vamos marcar', aquela sensação de que se você não chamar a pessoa, ela nunca mais falará com você ou quando ninguém mais te chama para sair, ou ninguém fala com você...
Esses celulares bugam as nossas vidas, toda vez que alguém entra nessa caixinha, são mais problemas, mais conversas, uma mensagem visualizada sem querer. Tudo o que nos afasta do momento real, das coisas que estão acontecendo ao nosso redor, mas enfim...

Relações, para mim, é sobre companheirismo, sobre descobrir coisas novas, FAZER coisas novas, ter paciência, atenção, cuidado...
Parece que ninguém mais está disposto a se doar, a se dar um pouco mais, a amar, a deixar-se apaixonar. A falar as coisas que estão erradas, a dar uma outra chance, a pedir desculpas, a chorar...
Apaixonar-se, amar, é o maior exercício de sair da zona de conforto que podemos ter, porque de repente alguém está ali, batendo na sua porta, chegando de vagar, se esforçando, ai começa a bagunçar tudo, mas os encontros nunca acontecem, deixam-se perdidos no ar de uma conversa visualizada, do oi nunca mais dado.

Mas foda-se. A vida segue a amanha há de aparecer alguém a me contradizer, a dizer que em minha alma de poeta, ainda resiste àquela visão romanticista das coisas, que hoje mesmo, não faz mais sentido.

às 03:19 , 0 Comments

tantxs

É tanta coisa que deveria ter sido falada, mas foram abafadas com o passar dos anos.
É tantos anos que passaram, que ainda estão por vir.
É tanta gente passando pela vida, é tanta gente indo embora.
É tanta alegria, trancafiada entre preocupações, entre ligações e celulares.
É tanta tristeza, em nossos rostos, em nossos corações, não vistas pelas pessoas ao seu lado.
É tanto sentimento ao mesmo tempo.
É tanta pergunta para poucas respostas...

às 02:58 , 0 Comments

"Sem título"

Talvez esteja perdida em algum bloqueio sentimental. Estão todos lá fora lutando por alguma coisa, seja nos coletivos ou bebendo em alguma praça, seja se divertindo ou jogando video-games na sala de estar, com todos reunidos numa pequena algazarra. Ah, sinto-me orgulhosa de todos eles.
Me perco pela vida, aprisionada entre meus devaneios e a rua que me passa correndo pela janela. Vivo dizendo-me, "Meus sentimentos a ninguém importa."
Então permaneço parada ao assistir o por do sol, ou até mesmo as estrelas numa noite de lua qualquer.
Elas sempre estão lá, sempre a brilhar no meio da escuridão do céu.
Lembrando-me, também, da vastidão do universo, com todos seus mistérios a serem desvendados.
A verdade é que meu coração sangra, e tapo os buracos com mais uma chiclete mastigado e seco minhas lágrimas com o vento em meu rosto.
Olho as pessoas ao meu redor, elas todas estão tristes, isso me entristece .

Se há sempre o sol depois da tempestade, onde será o fim da tristeza da humanidade?

Será depois do caos da revolução ou não existirá, até o sistema solar engolir todo o planeta?
Não sei mais o que fazer, nem o que esperar. Por hoje minhas companhias restantes: um copo de café e um maço de cigarro.
O mundo continua girando, preciso sair daqui.

~sem data~

quarta-feira, 19 de agosto de 2015 às 00:16 , 0 Comments

Algo me deprime, não sei bem o que é. Talvez meus hormônios não estejam funcionando direito. Sinto sono todo tempo. E a incansável vontade de voltar ao passado, onde não me sentia dessa forma. Onde está o botão de desligar? Ele simplesmente se aciona quando tudo está realmente perfeito. Não consigo pensar direito e em todo lugar que estou, pareço não pertencer.
Pensava que poderia  seguir sem ajuda, mas o que será que dirão os médicos? Terei de voltar às minhas pílulas? Começar tudo de novo, na luta de levantar todo dia. Não queria depender de nada, mas seria bom ter algo para me fazer dormir.
As conversas parecem sem sentido, não entendo nada o que me dizem. Tento encontrar forças onde for e nada me apetece. Queria colocar a culpa em algo, ou alguém, mas não há como. Tudo e todos são tão maravilhosos com isso. O tempo parece não passar e fito a lousa para não deixar transparecer que estou louca.
Estou enlouquecendo.
Queria dizer que é algo novo, mas parece que a minha vida se move aos extremos e não sei se quero sentir toda felicidade que estava sentindo, se o preço dela é algo maior que a dor, algo tão vago, assim, equivalente à ela.
Não quero que a somatória disso tudo dê zero.
Talvez eu só não deva deixar iso de lado e me focar na felicidade de quem me faz bem.

Então me espere com a porta aberta, amanhã lhe trarei flores.

~Sem data ~

às 00:00 , 0 Comments

It's just a spark...

Não vejo nada por aqui, exceto meus tormentos e dúvidas, resposta nenhuma me chega à minha cabeça.
Estou sozinho. Nessa angustiante espera, pelo tempo a se passar, a luz foi se apagando e me perdi aos poucos diante de todos os meus medos. A ponto de não saber mais quem sou.
Ao ver o sol batendo em minha pele, abraçar os amigos, ler textos de livros. Me senti atraída por todos os lugares, o tempo não passa e quando vejo já estou em algum outro lugar seja uma praça, um parque, ocupação ou livraria. Lá estou, dano as caras para o mundo. Por todo sofrimento sem respostas, percebi o que me faz falta, resgatei uma fagulha do que me queimava o coração, que gritava por algo mais, que chorava com a falta de amor.


~10/05/2014

terça-feira, 18 de agosto de 2015 às 23:23 , 0 Comments

Devolva-me,

Ei, moça! Pode devolver todas as minhas poesias?
Pode me devolver tudo o que deixei contigo. Pois sem elas eu não consigo viver.
Eu lembro daquele lugar, daquele dia, daquele sentimento, de todos os sentimentos que já me invadiram.
Afoguei nas palavras que nunca pude dizer, que deixei passar. Esse pode ser mais um dos textos que nunca serão lidos ou interpretados da maneira certa...
Dessa vez escritos, com fragmentos de todos aqueles que não escrevi de tudo aquilo que eu não falei.
Como aquele, que faria um  ano, daquele dia em que lhe conheci, como as coisas passaram tão rápidas, como na fuycking transição da minha vida, você foi aparecer para bagunçar todo um universo, deixando ele explodir, para espalhar todos os pedaços por onde passo. Pois bem explodi, para cada parte mais longe de ti, para cada parte mais perto de algo que você nunca fará parte.
Não consigo medir o que isso fez de mim, agora, nesse presente. Nem sei mais quanto tempo não ouço nem o seu nome, quanto tempo desde aquele ultimo dia. Mas então, você poderia mesmo devolver as minhas poesias, a minha inspiração, a minha direção, talvez o pedaço do meu coração que deixei para lembrar de mim. Mas como o amor e o ódio nadam lado a lado, não quero mais porra nenhuma minha contigo. Só aquelas lembranças maravilhosas, aqueles dias que tudo foi verdadeiro e hoje não é mais, você pode ficar com isso, pois eu bem que ficarei. Lembro daqueles melhores dias como se fossem ontem, de cada palavra que dirigi, de cada confusão que tentamos concertar, de todos os planos que passaram na minha mente imatura...
Enfim, seja feliz.

às 22:56 , 0 Comments

Álvares de Azevedo.

Vagabundo



Eu durmo e vivo ao sol como um cigano,
Fumando meu cigarro vaporoso;
Nas noites de verão adoro estrelas;
Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso!


Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;
Mas tenho na viola uma riqueza:
Canto à lua de noite serenatas,
E quem vive de amor não tem pobreza.


Não invejo ninguém, nem ouço a raiva
Nas carvernas do peito, sufocante,
Quando à noite na treva em mim se entornam
Os reflexos do baile fascinante.


Namoro e sou feliz nos meus amores;
Sou garboso e rapaz...Uma criada
Abrasada de amor por um soneto
Já um beijo me deu subindo a escada...


Oito dias lá vão que ando cismando
Na donzela que ali defronte mora.
Ela ao ver-me sorri tão docemente!
Desconfio que a moça me namora...


Tenho por meu palácio as longas ruas;
Passeio a gosto e durmo sem temores;
Quando bebo, sou rei como um poeta,
E o vinho faz sonhar com os amores.


O degrau das igrejas é meu trono,
Minha pátria é o vento que respiro,
Minha mãe é a lua macilenta,
E a preguiça a mulher por quem suspiro.


Escrevo na parede as minhas rimas,
De painéis a carvão adorno a rua;
Como as aves do céu e as flores puras
Abro meu peito ao sol e durmo à lua.


Sinto-me um coração de lazzaroni;
Sou filho do calor, odeio o frio,
Não creio no diabo nem nos santos...
Rezo à nossa senhora e sou vadio!


Ora, se por aí alguma bela
Bem doirada e amante da preguiça
Quiser a nívea mão unir à minha,
Há de achar-me na Sé, domingo, à missa

sexta-feira, 15 de maio de 2015 às 00:15 , 0 Comments

07/02/11

Ela secou suas lágrimas e tentou refrescar seus pensamentos, o mundo continuou girando à sua volta, toda angústia e raiva tomavam conta de seu belo coração que um dia vermelho, se tornara manchado, com grandes feridas. Semana passada acordara com tanto ódio que não conseguia se conter, então ela correu, correu para lugar nenhum.As pessoas passam,passam e passam , cada vez mais rápido,o mundo enlouqueceu. o tempo está acabando mas ela permanece ali

segunda-feira, 11 de maio de 2015 às 04:34 , 0 Comments

"Ele entrou novamente por aquela porta, sabia onde estava se metendo..."

... Mais um dia na vida real, acordara. O sol estava quente, seu coração vazio.


~~

09/08/13

às 04:30 , 0 Comments

Domingo, depressivo domingo.

Como será estar a beira do colapso mental?
Alguns pensamentos me perseguem, não me deixando dormir, as pílulas não fazem mais efeito e os dias nascem cada vez mais cinzas. Tenho que lutar contra todos esses demônios, que me fazem querer desistir e nem a dor física me faz tirar esse aperto do peito, que parece fechar todas as vias respiratórias... Sinto ele chegando, de vagar... Vou me acostumando entre um chá e outro, uma conversa e outra, e as tarefas diárias, sobe como querendo me rasgar, saio correndo para chorar em outro lugar.

Falling Down, falling to pieces...

Há alguns textos escondidos no armário, alguns segredos mais secretos. Memórias de surtos, pensamentos e toda raiva que sentia naqueles tempos. Já faz mais de cinco anos, me surpreendo ao saber que os aguentei, até aqui. Se soubesse fazer música, escreveria uma daquelas letras, como Jeremy, ou as músicas do Joy. 'my suicidal dream'.

'she's lost control again'.

Lamento tais sentimentos, com mais um papel em branco, sendo colorido por letras que vez ou outra não fazem sentidos. Não me importa. Nada mesmo faz sentido. Acordar não faz mais sentido.

Há também o que me frusta. Essa sociedade, humanidade. Pessoas matando por nada, morrendo de fome por falta de mão amiga. O poder em cima do dinheiro, o amor debaixo do travesseiro.

Quero jogar é tudo fora. Estou cansada dessa vida. Vou queimar na fogueira todas essas fotos e as cartas antigas, de quem partiu, mais de uma vez, meu coração.
Vou mudar a cama de lugar, trocar as cortinas. E vou chorar.
O passado passou, e trouce meus traumas, minhas dores. E lá que quero as deixar.
Todos os amigos, todas as memórias. Se foram, e se vão, junto com o que guardei. A saudade fica no peito, me matando lentamente, lamentando os fins.

Meu corpo parece querer e pedir para acabar logo essa angustia. Mas luto contra isso, nessa eterna luta de todas as noites.

'Give Me Novacaine"

Pelo menos não estar bem, me faz lembrar que um dia estive.

~~

13/10/14

às 04:23 , 0 Comments

Parei.

"Acho que foi aquele dia,
tudo ao meu redor meio que dançava e eu nem queria dançar.
Mas aí de repente,
todo mundo foi embora e eu só queria ficar.
Era como se o mundo tivesse se esquecido de tudo,
ninguém mais existia, a rua... vazia."

"Que péssimo dia para existir", pensou.
Os dias seguintes foram só uma consequência disso.
Como se levantasse todo dia para morrer, digo, cada hora que passa é uma hora a menos de vida mesmo.
A grande cidade no outro dia brilhava, com suas engrenagens a funcionar, seu protagonistas, desolados a trabalhar. Permanecia alí, como se o ontem jamais tivesse existido.
"Acho que foi aquele dia, o pior dia."
Os faróis piscando vermelho, os carros passando, as pessoas transitando, todas sempre muito ocupadas com tudo. Seu trajeto cotidiano, seu trabalho desgastante, sua família conturbada e relações inusitadas. Pessoas com passados brilhantes, futuros ofuscados.
Na nostálgica tragada de cigarro, no nostálgico gole de vinho.
A grande cidade... tão grande, tão vazia.

~~

às 04:15 , 0 Comments

Felizes são os pássaros...

Sabia que não sei bem sobre o que falar? Apenas coloco-me novamente, frente à página em branco, pronta para ser escrita. ~*

Quero falar sobre essa dor, sobre essa liberdade inexistente.
Quero falar dos amigos que se foram, dos que eu nunca tive a oportunidade de conhecer, dos amores e doem o peito e dos amores que curam com abraços...
Queria mesmo era uma tarde ensolarada, com todos que amo à contemplar o nascer do sol, conversar sobre os planos de vida, sobre as dores do mundo, sobre qualquer coisa, ou nada...

~~*


Ah sim, lá estava eu, parado em frente ao farol aberto. Os carros passavam como foguetes, espalhando suas cores vermelhas pela avenida, os prédios, têm o papel de escurecer a luz do sol, olho para cima, como são grandes... As pessoas, maioria delas, têm o papel de instrumentos.
Ah sim, já sabemos do mundo do capital, já sabemos, também, que não se é possível viver sem ele.
Não sei. Mas porque? 
Ah, essa cidade me consome.
Destrói os meus sonhos, colocando-os em liquidificadores.
"Me deu saudades da Bahia."
Ah, essa cidade tão grande, onde está a calmaria?

A vida anda me pedindo muitas coisas, porém sou apenas um ser comum, não tenho nada para dar a não ser eu mesmo, a não ser meus sonhos, minha disponibilidade, e minha total energia para algo que me faça bem. Não faz sentido nenhum fazer coisas que nos façam mal...
A vida anda me pedindo muito mais. O capital me pede algo que não posso dar.
Perdão, não vou vender minha juventude, com sonhos transcritos, sonhos falsos, dessa falsa realidade criada por eles, mas eu digo não, mas eles dizem sim. Mas eu digo não, e continuo a não fazer o não que me convém.
Difícil mesmo é combater a babilônia, não deixar-se levar pelos devaneios duma noite ao bar, tão embriagado quanto os pais. A ressaca vai passar, mas o estômago vai doer.
Queria mesmo ter coragem, mais uma vez na vida, para tacar logo esse foda-se.

Ah , "Eu só queria, tomar um vento na cara."


"Felizes são os pássaros que chegam mais cedo que eu à suprema fraqueza..."

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015 às 03:14 , 0 Comments