"Sem título"

Talvez esteja perdida em algum bloqueio sentimental. Estão todos lá fora lutando por alguma coisa, seja nos coletivos ou bebendo em alguma praça, seja se divertindo ou jogando video-games na sala de estar, com todos reunidos numa pequena algazarra. Ah, sinto-me orgulhosa de todos eles.
Me perco pela vida, aprisionada entre meus devaneios e a rua que me passa correndo pela janela. Vivo dizendo-me, "Meus sentimentos a ninguém importa."
Então permaneço parada ao assistir o por do sol, ou até mesmo as estrelas numa noite de lua qualquer.
Elas sempre estão lá, sempre a brilhar no meio da escuridão do céu.
Lembrando-me, também, da vastidão do universo, com todos seus mistérios a serem desvendados.
A verdade é que meu coração sangra, e tapo os buracos com mais uma chiclete mastigado e seco minhas lágrimas com o vento em meu rosto.
Olho as pessoas ao meu redor, elas todas estão tristes, isso me entristece .

Se há sempre o sol depois da tempestade, onde será o fim da tristeza da humanidade?

Será depois do caos da revolução ou não existirá, até o sistema solar engolir todo o planeta?
Não sei mais o que fazer, nem o que esperar. Por hoje minhas companhias restantes: um copo de café e um maço de cigarro.
O mundo continua girando, preciso sair daqui.

~sem data~

quarta-feira, 19 de agosto de 2015 às 00:16 , 0 Comments

Algo me deprime, não sei bem o que é. Talvez meus hormônios não estejam funcionando direito. Sinto sono todo tempo. E a incansável vontade de voltar ao passado, onde não me sentia dessa forma. Onde está o botão de desligar? Ele simplesmente se aciona quando tudo está realmente perfeito. Não consigo pensar direito e em todo lugar que estou, pareço não pertencer.
Pensava que poderia  seguir sem ajuda, mas o que será que dirão os médicos? Terei de voltar às minhas pílulas? Começar tudo de novo, na luta de levantar todo dia. Não queria depender de nada, mas seria bom ter algo para me fazer dormir.
As conversas parecem sem sentido, não entendo nada o que me dizem. Tento encontrar forças onde for e nada me apetece. Queria colocar a culpa em algo, ou alguém, mas não há como. Tudo e todos são tão maravilhosos com isso. O tempo parece não passar e fito a lousa para não deixar transparecer que estou louca.
Estou enlouquecendo.
Queria dizer que é algo novo, mas parece que a minha vida se move aos extremos e não sei se quero sentir toda felicidade que estava sentindo, se o preço dela é algo maior que a dor, algo tão vago, assim, equivalente à ela.
Não quero que a somatória disso tudo dê zero.
Talvez eu só não deva deixar iso de lado e me focar na felicidade de quem me faz bem.

Então me espere com a porta aberta, amanhã lhe trarei flores.

~Sem data ~

às 00:00 , 0 Comments

It's just a spark...

Não vejo nada por aqui, exceto meus tormentos e dúvidas, resposta nenhuma me chega à minha cabeça.
Estou sozinho. Nessa angustiante espera, pelo tempo a se passar, a luz foi se apagando e me perdi aos poucos diante de todos os meus medos. A ponto de não saber mais quem sou.
Ao ver o sol batendo em minha pele, abraçar os amigos, ler textos de livros. Me senti atraída por todos os lugares, o tempo não passa e quando vejo já estou em algum outro lugar seja uma praça, um parque, ocupação ou livraria. Lá estou, dano as caras para o mundo. Por todo sofrimento sem respostas, percebi o que me faz falta, resgatei uma fagulha do que me queimava o coração, que gritava por algo mais, que chorava com a falta de amor.


~10/05/2014

terça-feira, 18 de agosto de 2015 às 23:23 , 0 Comments

Devolva-me,

Ei, moça! Pode devolver todas as minhas poesias?
Pode me devolver tudo o que deixei contigo. Pois sem elas eu não consigo viver.
Eu lembro daquele lugar, daquele dia, daquele sentimento, de todos os sentimentos que já me invadiram.
Afoguei nas palavras que nunca pude dizer, que deixei passar. Esse pode ser mais um dos textos que nunca serão lidos ou interpretados da maneira certa...
Dessa vez escritos, com fragmentos de todos aqueles que não escrevi de tudo aquilo que eu não falei.
Como aquele, que faria um  ano, daquele dia em que lhe conheci, como as coisas passaram tão rápidas, como na fuycking transição da minha vida, você foi aparecer para bagunçar todo um universo, deixando ele explodir, para espalhar todos os pedaços por onde passo. Pois bem explodi, para cada parte mais longe de ti, para cada parte mais perto de algo que você nunca fará parte.
Não consigo medir o que isso fez de mim, agora, nesse presente. Nem sei mais quanto tempo não ouço nem o seu nome, quanto tempo desde aquele ultimo dia. Mas então, você poderia mesmo devolver as minhas poesias, a minha inspiração, a minha direção, talvez o pedaço do meu coração que deixei para lembrar de mim. Mas como o amor e o ódio nadam lado a lado, não quero mais porra nenhuma minha contigo. Só aquelas lembranças maravilhosas, aqueles dias que tudo foi verdadeiro e hoje não é mais, você pode ficar com isso, pois eu bem que ficarei. Lembro daqueles melhores dias como se fossem ontem, de cada palavra que dirigi, de cada confusão que tentamos concertar, de todos os planos que passaram na minha mente imatura...
Enfim, seja feliz.

às 22:56 , 0 Comments