Devaneios de ônibus e piscina.

Perdeu-se no mar que mergulhou,
selecionou sua zona de conforto e boiou.

Perto da margem segura,
para melhor ao sol se banhar,
e fugir, também, da amargura.

Não muito longe,
há outro a observar,
do alto de uma árvore,
a descansar.

Porque tudo há de ser assim, questionou.
Tão perto e tão longe, estou.

Olhando-a distante, a se divertir, a explorar...
Chora lágrimas de saudades,
que caem ao mar,
e de seu rosto escorrem e secam ao ventar.

Elas salgam a água,
se misturam com todo o resto.
As vezes, algumas gotas tocam o corpo dela,
infiltram em sua pele
e entram em suas células.

Um modo de manter-se por perto.
Mas o tempo passa e um dia,
as lágrimas vão parar de cair ao mar,
e sobrará no peito, aquela nostalgia.

Não sei se há volta.
Jogar para o alto e esperar vivendo.
Nascemos e morremos a cada dia...

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domingo, 30 de novembro de 2014 às 20:15 , 0 Comments