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Ando pelas ruas da cidade, com o horário para chegar em casa, meu porto seguro se tornou um lugar triste e melancólico, a vida anda uma bagunça, as lágrimas já não pedem para cair, tenho que permanecer cauteloso pois a qualquer momento posso me desmanchar em lágrimas, já não sei o que eu quero, já não sei o que me faz feliz. Minhas palavras não importam mais, não são mais válidas a um longo tempo, o espaço ao meu redor se torna tão grande porém não tenho mais forças para navegar, apenas permaneço aqui, parada. Não necessito de palavras de conforto, não preciso de palavra alguma. Sinto que minha juventude fora arrancada de mim, e isso não tem mais volta, apenas não consigo sonhar em um futuro onde me divertirei e poderei fazer o que eu quiser. Sento em uma cadeira e começo a descrever meus sentimentos, sinto que antes de falar que o que estou sentindo é besteira, que a vida é linda, que eu tenho meus amigos que eles me amam, queria apenas que soubessem que sei o valor que isso tem para mim, porém não posso negar, é o modo que me sinto na maioria dos meus dias.
Sinto que não demora muito para o fim. Os dias, as tardes, e as noites, tornam-se longas e quase impossíveis de superar.
Sinto-me como um pássaro, preso em uma gaiola, por toda sua vida, com uma data para ser solto, um dia esse pássaro teve a oportunidade de passear e saiu da gaiola e quis voar, voar para bem longe, nessa escapatória, o pequeno pássaro fez tudo que sempre sonhou, sua dona descobriu e julgou o pobre pássaro como mal. O pássaro nunca teve mais oportunidade de sair de sua gaiola e sua vida foi se tornando monótona, Finalmente chegou o dia em que o pássaro estava livre para fazer o que bem entendesse, iria voar e seguir sua vida, porém o pobrezinho não tinha forças para abrir as asas e voar, pois não sabia como realizar tal efeito, então o pequeno pássaro ja grande, teve que tomar a grande decisão de sua vida. Pulo da gaiola sem saber voar? ou ... ou? (...)

sábado, 26 de fevereiro de 2011 às 00:00 , 0 Comments