Um dia me disseram que eu era um passarinho, ansioso pra voar. Um passarinho livre, pelo menos em teoria. Um dia me mostraram que minhas asas são fortes o suficiente pra levantar voo e nesse dia eu acreditei nas coisas boas do mundo. Era um pássaro só, triste e cansado, nunca acreditei que poderia de fato me libertar.
Um dia me falaram do amor, e esse amor é como eu, um pássaro azul, belo e cheio de vida, não só isso mas também livre.
Um dia abri meus olhos e tentei voar. Não consegui. Algo me prendia e foi preciso apenas alguns abraços e sorrisos para que dali tirasse forças pra abrir voo.
Me sentindo um passarinho, um pássaro com dono, voo por aí, mas as vezes a saudade bate e quero voltar. Quero meu dono, quero seu abraço, seu jeito e até suas broncas.
Hoje, só hoje, por um tempo sou um pássaro com medo, tenho medo de voar tão longe e me perder. Tenho medo de ser abandonada pelo meu dono, tal pessoa que amo infinitamente e mesmo que com todas as fugas e mancada que dei, meu dono está bem longe, será que me quer de volta? Poso voar em seus braços com a certeza de que um dia poderei sair de novo ao meu mundo? Não me perder pra sempre em você e esquecer de tudo o que vivi enquanto voava?
Sou um pássaro confuso, talvez devesse parar e repousar. Pensar na vida e nos que me traz felicidade.
Um dia me disseram que essa coisa de passarinho é bobagem, a essas pessoas eu planto uma pena, onde possam no futuro crescer asas. E em você meu dono, minha dona, deixei meu coração. Faça com ele o que quiser, espero que esteja feliz e quem sabe um dia, suas asas estejam completas, e você possa voar comigo pelo mundo...

terça-feira, 30 de agosto de 2011 às 23:18 , 0 Comments

Mais um dia passa, mais um dia sem nada feito, e os afazeres do dia foram deixados e acumulados para outro dia qualquer... Um dia melancólico, todos estão em casa porém a solidão do individuo é mais presente que a presença de outros indivíduos a sua volta.
Me dê mais uma dose, acenda um cigarro pra mim amigo, a vida não era como eu pensava, crescer não me parecia tão difícil, quando eu evitei ao máximo tal acontecimento, confesso que mudei um pouco a uns meses atrás porém não me sinto completo, pelo menos não toda parte do tempo como deveria. Outro gole, outro cigarro, o tempo está parando, o tempo está passando.
Desperdiçando a vida em um quarto vazio e escuro, tentando entender todas as dores do mundo, todos os sentimentos que vivem passando e passando, indo e voltando. A escuridão se torna agradável após algum tempo sentado aqui.
O que podemos fazer? Porque as coisas são tão intensas a ponto de eu mesma saber que não vou aguentar tudo isso?
Somos forcados a crescer, somos forçados a não viver e as coisas mais belas da vida devem ser deixadas pra trás. Pensamento tal que desconcordo, não devemos NUNCA deixar as coisas boas pra trás. Há sentido nisso amigo? É como se crescer fosse deixar toda a sua inocência, todas as suas alegrias e seus sonho no passado.É como se fossemos forçados não nunca mais sorrir, nunca mais brincar...
Os anos passam e você está sentado em uma sala cheia de alunos, há um professor que não da a mínima pra você à sua frente, dizendo coisas as quais você não entende uma misera palavra, o tempo passa e você se vê perdido e um mundo de números, contas, dívidas, trabalhos, responsabilidades. Não há mais roupa lavada, não há mais nem dinheiro para sair. O tempo vai passando e você de repente se vê em uma colação de grau, você está de social, não entende como fora parar ali. Há pessoas estranhas, ainda, a sua volta, lhe desejando parabéns, sua mãe chora na cadeira, nunca soube como a fizera orgulhosa por tal feito.
Algo então acontece. E agora? O que faço?
Você olha a cara de todos ali, todos choram de felicidade, realizaram o que sempre queriam. E você? O que você sempre quis? Você sempre quis sair daquele lugar, ão entendia, não lhe causava tal sensação de conforto, você sempre quis fujir, chorar, correr. O que fazer nesse momento? Passaram-se 5 anos e todos os seus amigos que juraram ficar pra sempre têm suas próprias vidas. Todas as relações que tivera, todos os 'eu te amo' todas as palavras e promessas de 'eu nunca te esquecerei' 'você sempre será meu' 'eu sempre serei seu' não fazem mais parte de sua vida, são apenas lembranças lindas e dolorosas do um passado vago.
Você começa a lembrar de tudo, das festas, dos rolês, das pessoas que amou, e por incrível que pareca ainda ama, começa a chorar.
O que aconteceu todo esse tempo? Estive tão fora de mim nessa sociedade que não me encaixo que esqueci de viver?
Me salve amigo, venha comigo pro meu mundo... Não quero chegar a tal ponto, como todos, e o pior, não suportaria que te levassem também, 'vamos fujir e criar um reino só nosso' (rei leão 2 HAHA )
Vamos, me dê a mão e venha, que tal caminharmos ao por do sol? Descobri que é lá onde acaba o arco-iris, poderíamos ver as cores se formando a cada chuva que refletisse no rio.
Me dê um abraço então, diga que tudo isso vai passar.

domingo, 28 de agosto de 2011 às 01:43 , 0 Comments

Minha mente roda e roda a mil por hora. Por mais que tente não pensar, tudo volta a um tempo onde tudo era melhor. Passo as manhãs, as tardes e as noites me acumulando de coisas que mantenham minha mente ausente de tais pensamentos.
Os dias passam, as semanas passam, quando vejo já se passaram meses, e minha mente ficara assim. Certo dia , certa hora, certas coisas retornam sem pedir licença. Não que tudo não esteja no lugar, não que agora eu não esteja bem. Apenas me vem a lembrança de dias passados. As vezes me pergunto se os momentos que passo no presente, farão falta algum dia no futuro. talvez o problema esteja ai. Não darmos valor ao que acontece agora e apenas viver lembranças passadas. Porém não há muito sentido e minha cabeça continua girando e girando, pensando, pensando, e realmente há mais perguntas do que respostas...

às 01:18 , 0 Comments

In The Road Of life ~

De todos os lugares, a estrada é a que mais me traz paz. É silenciosa , vazia... Me sinto em casa.
Estou viajando sem destino pela vida.
O verdadeiro prazer é continuar seguindo, não quero lembrar de onde vim, não quero saber onde vou chegar. A verdadeira sensação de estar vivo é apenas viver.
Me mata aos poucos as tardes paradas, onde não há viajem. A rotina me cega e mal posso esperar para pegar a estrada. Se todos vivessem como uma viajem, haveria mais encontros, mais aproveitamento.
E nessa estrada da minha vida solitária ninguém nunca me notava, e nas idas e vindas te encontrei. Você de repente me conhecia; de tantas pessoas acomodadas que encontrei na estrada, fui logo dar de cara com outro viajante, alguém como eu. Logo em um cruzamento confuso. Para aonde eu vou? Cansada de seguir sempre em frente, o asfalto queimando, estava quase voltando para me assentar mais um tempo em outra rotina que me mata.
Estava uns 5 passos atrás quando te vi ali pela frente. Essa estrada não te permite voltar, então desesperada por informação fui te perguntar se havia alguma dessas estradas que levassem a um retorno, você me apontou, porém nessa hora, sua mão tocou a minha e eu não queria mais ir.
Doce criatura, onde esteve por todo esse tempo confuso que vivi? Onde estava eu , quando você quando também, nos leva e trás da vida, você se perdeu, como eu ? Nada disso mais importa, e naquele cruzamento de confusões estávamos tão desesperadas para seguir e seguir, não nos lembramos ali, juntas do essencial.
Ali ficamos por um tempo, sua mão na minha, a respiração acelerando, coração batendo mais forte... Não entendi, mal te conhecia.
Sem falar uma palavra ali ficamos. me acalmei e tudo fez sentido. Estava correndo pela estrada com ânsia de chegar, ânsia de fujir do que pra trás estava.
Perdida em minha vida encontrei a ti.
O sol se punha, o céu azul ficara laranja, horas se passaram e ali estávamos.
Passageiros acomodados, como grande maioria, não entendiam, era complexo demais ver duas pessoas sentadas olhando a lua iluminando a estrada. Eles pensavam "Como assim? Como nesse mundo há de existir pessoas assim? Há tanto a se fazer, tanto a trabalhar... Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro...Espere, estou atrasado! ".
Naquela tarde na estrada da minha vida eu entendi. Encontrara outro viajante, como os olhos e coração na estrada, nas sensações, nas paisagens.
Então, ao amanhecer pegamos o mesmo rumo. Naquele cruzamento confuso, decidimos não pegar nenhuma das quatro estradas, traçamos um caminho aleatório, não há o asfalto queimando, o sol vermelho incomodando à pele, há a grama verde, a grama molhada nas madrugadas, há a sombra fresca das árvores, os pássaros acima cantando, e o que ficou pra trás? No passado não havia mais nada de ruim, não havia cruzamento confuso, nem rotinas, lá estava apenas nossas pegadas e conosco a saudade, porém a esperança de ter dias melhores na NOSSA própria estrada. Eu e você.

domingo, 21 de agosto de 2011 às 19:37 , 0 Comments

Não importa o quanto eu tente, o quanto e me esforce... Não importa o que eu penso, o que eu vivo, o que eu digo... Não importa o que eu sou, o que eu fui... Não importa os meus erros, meu perdão, não importa meu coração, minha paixão... Nada mais importa agora pra você...

Apenas não consigo entender o sentimento. Nunca me senti assim por ninguém. As vezes chego a implorar à vida para que não seja diferente, para que passe como passou pelas outras, imploro sem respostas para que apenas suma toda a sua existência em minha vida, que todos os lugares que eu vou eu não deseje sua presença, que essa culpa aqui dentro não dure toda noite que se passa, que eu consiga ter dias felizes sem no final do dia desejar ter tido eles com você, sem desejar dormir ao seu lado... As vezes eu imploro tanto, mas tanto que fico sem forças, sem esperanças. Mas não importa o tanto que eu implore que não seja diferente, eu sabia que ia ser diferente, desde o momento em que eu te vi, onde nossa historia começou. Tão diferente que não importa com quem eu esteja, não importa o que eu faça, não sinto a mesma coisa. Nenhum beijo é igual ao seu... Nada é igual você... E de tanto nada importar, eu já não me importo se você vai ler ou não, não me importo sua opinião, não me importo porra nenhuma de você... Vou tentar me importar com a importância da sua ausência, e a persistência do meu sentimento por ti... Nada mais importa...

sábado, 6 de agosto de 2011 às 07:08 , 0 Comments