Faço-me de momentos assim. Pobre alma sem sentido, se reabrindo com palavras de obrigado.
Assim se faz o meu legado, valendo a pena morrer assim, que pelo medo do esquecimento se esquecera do essencial da vida - amigos -.
Compartilhamento qualquer, sem tempo presencial, na mais profunda pureza da alma.
Mesmo não se lembrando como fizera, tendo se perdido nas angustias e tristezas da vida, em algum lugar realmente vivo está, nos corações de quem permanecera sempre em seu, naquele lugar cuja leve, livre alma transcende as chamas de todas as dores e cicatrizes.
De fato, hoje me esqueci, mas aos meus passos trazidos ao coração da Av. Paulista, ao ver aquele sincero eu te amo naquele lindo olhar, lembrei-me subitamente de viver, de pensar e de amar.
Arrancando-me assim minha melhor parte, destrancando facilmente as portas da minha personalidade, chave da qual pareço não possuir, meu eterno eu te amo, com o mais belo sorriso e abraço acolhedor, um simples obrigado por me fazer pensar no que realmente vale a pena viver.
Despedindo-me assim com palavras em um caderno rabiscado, dizendo-lhe que dispõe de toda a liberdade que o mundo é capaz de nos oferecer.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014 às 00:09 , 0 Comments

Queria ser mais. Queria ser algo.
Depressiva mais uma vez, sentada no quarto vazio, o cigarro a queimar, redigindo palavras e sentimentos, ambos, sem razão.
Talvez esteja fazendo tudo de errado e controverso em minha vida, para estar me sentindo assim tão regularmente, ou pela ressaca mal passada de noites mal dormidas.
Me cansei de falar, me esqueci o som da minha voz, vivendo assim sem compartilhar o que sinto têm sido horrível, horrível mesmo é saber que não se faz diferença alguma.
Se a vida fosse como nos filmes não seria assim tão difícil e amargo o gosto do sol raiando, iluminando-nos pelos cantos mais sombrios...
'Estou ficando velha, estou ficando louca'.
Talvez me perdendo nos livros, nas canções e nos longas da vida, seja mais suportável assim viver.
Estou cansada dos talvez, Miles procurava por um grande Talvez, estou cheia deles.
Isolamento causado pela vida, pelas decepções, quanto tempo ainda levará para o ferimento cessar?
~~
Queria coisas que não posso ter, queria significar algo mais no mundo, talvez um prêmio Nobel, quem sabe? Ao descobrir que me vale toda essa sensação, essa terrível oscilação entre bem e mal, variações de humor, a pessoa que sou, será que sou assim? Ou apenas me perdi por alguns anos, pelos caminhos tomados erroneamente?

"Pedi tão pouco à vida e esse mesmo pouco a vida me negou. Uma réstia de parte do sol, um campo [...], um bocado de sossego com um bocado de pão, não me pesar muito o conhecer que existo, e não exigir nada dos outros nem exigirem eles nada de mim. Isso mesmo me foi negado, como quem nega a sombra por falta de boa alma mas para não ter que desbotar o casaco [...] "

As palavras não me valem tanto, quero ações, atitudes. Se faço tanta falta porque nenhuma ligação é feita? Nenhuma visita em meu leito? Como se não fosse mesmo tão importante assim. Se sobre amizade idealizei dos filmes, dos livros, alguém para ser simples e fácil, ou até mesmo alguém para me fazer soltar toda essa raiva que vezes me assombra.
Não quero que me julguem, não quero que me peçam para ficar, não posso ter controle sobre minha própria felicidade quem dirá a de alguém. Responsabilidade tal que me assombra nas noites de frio e de calor, na verdade em todas elas - as noites-.
Me dizem que preciso me achar, pois bem, não estou conseguindo. Queria ter forças também para pedir mais, chorar mais e reclamar mais, mas qual vão sentido das palavras se ainda me deito em completa solidão.
Talvez eu deva fugir para algum lugar, correr bem longe de todas essas coisas vãs. Não peço nada senão compreensão, alguns cigarros e palavras de carinho.
Meu coração transborda em amor, porém o universo parece ter se esquecido de retornar-me tal perfeição. Me dói a facilidade que as coisas se perdem, se esvaem, me dói a rapidez que as pessoas entram e saem de minha vida, deixando saudades e sonhos, promessas não realizadas e talvez nunca mesmo serão.
Eu sinto saudades, isso me mata. Saudades de ti, saudades de mim. Saudades de nós, todos os nós pregados em minha parede.
As coisas que quero fazer, as coisas que deviria ter feito, nada tem graça nessa solidão. Porque a vida me priva de tão simples aconchego, porque é tão difícil e quase impossível juntar todos que amo em uma sala? Porque é tão difícil me encontrar com alguém, que já não esteja por ai fazendo qualquer outra coisa mais importante, como viver?
Mas tudo bem, um dia de cada vez. Uma vida por um século, por sua determinada [?] duração.
A sociedade me sufoca, as ideias plantadas em nós me impregna, as pessoas em sua falta de liberdade, aceitação, e seu carrego de insegurança.

Se fosse fácil, não seria tão difícil.

~~








segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014 às 01:05 , 0 Comments

Acabou a luz de casa.

Era sexta-feira, beirando uma da madrugada e ainda não havia luz.
Já que não fora à balada ou a festas com os amigos,
qual inúmeras coisas poderá se fazer numa noite dessas?
Sem hora para dormir, sem hora para acordar, apenas relaxar e aliviar os estresses da semana,
Bom...
Tomar um banho, ver um filme, comer algo, jogar, ler um livro...
Mas pera... Já era para estar fazendo algo e estou aqui, esperando a luz voltar... Daôra.
Depois da dificuldade de pensar que não teria banho, nem filme e putz, nem aquele livro!
Cozinhar no escuro...
...
De repente me vem à lembrança de um grande detalhe em uma só palavra... Alasca!
"Quando eu for pro alasca vou ter que aprender a fazer coisas no escuro! Tenho fogo, não sei porque reclamo.
Após tal pensamento, fui capaz de fazer todas as coisas, mesmo sem ver a cor, textura, nem a quantidade que iria se fazer
sem saber de verdade o que ia comer, fui capaz de esquentar o alimento, colocar em uma tigela e comer!
Simples, Foi só me livrar do medo do escuro, que pude ouvir a voz do meu sonho...
Não é sobre um lugar, não é sobre o gelo ou civilização afastada, não é sobre o próprio país, nem mesmo pelos seus habitantes... Quão dirá a uma garota.
É sobre liberdade, é sobre voar, sonhar, acreditar e amar... É sobre sorrir, se divertir e aprender, sobre compartilhar...
Resumindo inúmeras definições... É sobre viver.
...
Alaska!

sábado, 15 de fevereiro de 2014 às 22:12 , 0 Comments

Na incostancia da depressão e ansiedade.

Por mais que eu haja de maneira mais 'alegre' possível, canalizando bons pensamentos sobre a vida, o mundo e as coisas... Mesmo mantendo todo o amor por perto, dando tudo que possa dar de bom e produtivo de mim para as pessoas ao meu redor, trabalhando e estudando...

Na verdade nunca fui aquelas pessoas que ficam fazendo o que não gostam para sei lá, alegrar os outros, não sei. Sempre fui fazendo as coisas por mim mesmo, pelo meu bem estar, de acordo com meus gostos... Tudo bem, há um monte de coisas que eu gostaria de fazer e não posso, digo, não agora, mas eu também não fico reclamando da vida, dizendo que não tenho dinheiro para isso, que não tenho um celular com todos esses aplicativos que para mim só servem para ficar piscando e assoviando enquanto as pessoas trabalham, estudam ou tem o seu momento de lazer... Na verdade mesmo, eu to pouco me lixando para os cômodos que o dinheiro possa me proporcionar, mas enfim, meu foco não é esse...
Essa tal de depressão, que muitos acham que é coisa da nossa cabeça, que 'É só um dia ruim', 'é só uma fase', 'é tpm' , 'se liga e cresce'... Meu cú para vocês... É como se eu escolhesse ficar horas e horas acordada, sabendo que não importa o que eu faça, tudo se conspira de modo negativo, me tornando um ser completamente inútil, que passa horas e dias na cama... Na boa, eu queria que fosse coisa da minha cabeça, que fosse questão de mudar de ambiente, situações, dar reviravoltas na vida, mas na moral, já estou cansada de ficar procurando soluções para uma coisa que vem e volta na minha vida. Talvez seja mesmo como os médicos dizem, "Uma doença"... E quem estou querendo enganar?

Estou deprimida...

~~

Não importa o quão perfeita minha vida esteja, como as coisas me vêm correndo bem, e o céu está sempre ali sorrindo para mim (Ultimamente me torrando, masq)... Enfim, nada disso importa, todas as noites antes de dormir sinto essa porra de desconforto, como se algo estivesse errado, comigo, com meu corpo, com o mundo, com as pessoas,  algo de errado com tudo... Mas não há nada de errado... Só comigo mesmo, cérebro idiota. Como dizia minha professora do Ens. Médio... "Você passou duas vezes na fila do cocô", talvez o meu tenha passado nenhuma vez na hora de produzir os fucking hormônios, no caso da depressão, serotonina... (Só esse que tenho conhecimento, devem haver mais alguns hormônios ai) ...
E tem todo esse preconceito social, é mãe, é amigo, é cão e gato, sempre dizendo, e apontando nas nossas caras "Blablabla vc fica ai tomando esses remédios", ou pior "Vá procurar Jesus"...
Como se Jesus pudesse implementar mais serotonina no meu cérebro.
Mas enfim, me encontro assim há dias, há tempos...
É uma vontade de nada, é falta de sono, é sono nas atividades cotidianas, isso vêm acabando com a minha vida, e na moral, Life Sucks...
São 4 da manhã e ainda não consigo dormir, me sinto inútil pois sei que amanha o dia será pior ainda, já que tenho que ir trabalhar e depois ir à faculdade...
As vezes me perguntam "O que está te deprimindo?" , eu paro para pensar e não chego a conclusão nenhuma, bem que eu queria fazer, iria tacar fogo nessa porra, jogar as cinzas no rio quem sabe...
As vezes eu tenho aquele sentimento de que nada vai funcionar, nada vai dar certo, uma vontade constante de cair em prantos, e sempre nesses momentos me encontro afundando casa vez mais em algum lugar escuro... Estou ansiosa sim por um monte de coisa, ok, todos os blogs e livros de auto ajuda, me mandam fazer esses exercícios mentais, ou até mesmo conversar com alguém, diminuir a ansiedade e talz... Mas no momento, m sinto tão triste com a dura realidade, talvez nem seja assim, mas pelo menos é o modo que estou a vendo no momento... Estão todos ocupados com suas outras coisas e só me resta mesmo são folhas em branco e a cama vazia. Perdi essa coisas de querer ficar falando de problemas, sentimentos ou qualquer outra coisa, alias, quem sou eu? Eu não sou nada, apenas mais um composto de carbono, perambulando sem sentido nessa 'coisa', nesse planeta, um grão de areia na galáxia, mais um ser humano perdido, à procura de uma palavra de denominamos felicidade, mas no fim, ninguém sabe explicar exatamente o que é, como alcançar, tocar, pegar... Presa num sistema que não faz sentido algum, onde pessoas morrem bem antes de seu tempo 'natural' por mãos de outros semelhantes sanguinários...
Não me sinto muito importante, nem muito relevante na vida de alguém, ao mesmo tempo não quero causar problemas e preocupações para uma coisa qual nem eu mesmo sei dizer o que está havendo.
Estou decepcionada, machucada... Como um gato assustado, não sei...
A vida é o que ninguém vê, será?
As vezes penso nos filmes, e em como nos identificamos pelos personagens, que passam os fins de semana lendo livros em sua cama, andando de bicicleta por lindas paisagens e chorando ao ter o coração partido por alguma garota qualquer... Como ele cresce e se movimenta quando está sozinho...

~~

A questão aqui é que me sinto triste, vez em quando. Desolada, sozinha...
E talvez hoje seja mais uma daquelas noites que tentarei esquecer ao acordar, mas sempre voltará para me atormentar, me encontrar na cama plenas 4 da manhã, chorando sem motivo, coração angustiado... As vezes queria sair correndo, sem olhar para trás, correr para lugar nenhum e nunca mais voltar... As vezes sinto como se não quisesse mais existir e acabar logo com todo esse sofrimento sem porquê. Não sei se é algo do passado, ou medo do futuro, talvez os dois, talvez nenhum, talvez o arrependimento que não ter feito tudo o que deveria fazer, e a realidade dizendo que algumas coisas são mesmo irreversíveis... Não sei...
~~

Dreaming for na Alaska...

~~

Boa Noite ://





quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014 às 04:30 , 0 Comments

Lendo, relendo, reaprendendo.

"Apenas perdido num mundo de fantasias,
onde pedaços de vida se compõem ao final de cada linha.
Estagnado naquele momento vil,
um disco de vinil a rodar
ganhando tempo paras se amar."

Preso, trancafiado no quarto, imaginação aflorando nos diversos contextos escritos por um autor qualquer. A vida lá fora é triste, minhas leituras me proporcionam todos os sentimentos que posso pensar em algum dia ter. Não ligo para a confusão que crio, os mundos que invento e os personagens que amo. Na minha leitura mental, ligo meus fatos, meus passados e crio sinônimos de amor, crio minhas próprias situações diversas, perdidas em linhas de pensamento sem fim, que me iludem ao amanhecer e me confundem ao fechar os olhos... Pessoas e situações rodeando minha cabeça, na mais bela poesia de cores que posso criar com os tons que encontro em seus olhos profundos, naquela nuvem de sonho, me imagino pescando flores de ouro, esmagando-as com a mão e fazendo chover gotas douradas de pó.
Vira e meche alguém aparece para me dar oi, me dar um abraço e novamente ir embora, deixando apenas seu rastro, seu cheiro e também a possibilidade sem fim de um dia se encontrar em mais um desses devaneios noturnos...
O bom mesmo é saber da realidade, e sem querer algum dia trombar com algumas dessas situações, e mesmo com a efêmera vontade de correr, as pernas não me permitiriam andar, minha boca não permitiria falar e meu coração não se tardaria a paralisar, permanecer ali sob a constante linha entre fantasia e realidade, sabendo que no final tudo aquilo aconteceu.
Restando-me apenas momentos como esse, onde a poesia encontra meus pensamentos, transforma meus medos e se forma um texto daqueles sem nexo, como tudo em minha vida não vivida....

...

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 às 01:51 , 0 Comments

Redigindo pensamentos de ônibus.

Talvez eu não tenha me tornado a pessoa que pensei que fosse ser um dia. Ultimamente tenho pensado sobre as fases da vida. Será que estatisticamente as coisas tendem a seguir esse padrão? Talvez não siga necessariamente idade, numero, gênero ou condição social. Deve haver em algum lugar um porque ou alguma explicação. (Necessidade estupida do ser humano de procurar sempre essas vagas titulações.) Talvez eu deva ter que seguir as escolhas que estatisticamente me levem à um devido comportamento, ou será apenas o tempo mesmo?
Já dizia o filósofo "Só sei que nada sei"...
As vezes a vida me frustra sobre ver que na época do colégio e até um pouco depois, eu vivia na certeza que era assim que seria, na cegueira de atitudes mal tomadas e diversões perigosas, mas na verdade eu nunca soube bem o que fazer.
Podemos ter sido feitos uma para o outro mas as condições das qual não sei, tenha nos levado para longe... Perdidos entre elos cortados sem porquê. Vivendo separadamente em conjuntos distantes de atitudes, com lugares  afazeres se intersectando em algum lugar no tempo e espaço da vida que vivemos, proporcionando encontros e desencontros entre trabalho, estudo, escola...
... Nesses tempos talvez possa pensar que nas pequenas intersecções de nossos conjuntos, possa existir um infinito de possibilidades, que quando acontecerem, possamos fazer que sejam os melhores, talvez deveria ter durado um pouco mais de tempo aquele abraço.

Não sei o que me reserva o futuro mas posso viver o hoje seguindo meu caminho de encontro ao desconhecido.
Mas o ponto são as fases que nos restam... Sempre distantes, talvez erradas e contraditórias. Deverá haver uma forma de reconciliarmos?
Se houver ou não, tentarei descobrir. Me incomodo com o fato da vida seguir essa tendência onde me encontro sempre tão distante de todos os que um dia amei
Gostaria que os dias fossem mais floridos e que as intersecções fossem infinitas, se finitas, pelo menos muitas, e num espaço não tão grande de tempo... Que pudesse desenhar minhas linhas de acordo com as tuas, satisfazendo um grande conjunto conjunto...
Se ao menos...
é ...
Não sei de nada...

às 01:33 , 0 Comments

Conto de mais um sonhador desesperado.

Ele não sabia porque estava naquele local, naquele horário. O dia estava vazio e solitário, precisava tirar forças de algum lugar para seguir. Parado naquela praça, lendo as ultimas paginas de um livro que viria a ser seu favorito, olhou aquela rua, com alguns velhinhos passeando com o os seus devidos cachorros de raça. Mas ele estava ali, paralisado no momento, debaixo daquela arvore... Filosofando sobre a vida e as condições que o levaram àquele devido lugar... Decide então pegar rumo em direção à lugar nenhum. Pegando um ônibus qualquer se vê em uma grande avenida.
Hoje caminho com meus pés pensou... Continuou então andando, sem pensar onde iria, sem querer chegar... Pensando "Hoje é dia, hoje vou dar-me a oportunidade."
Dar-se oportunidade de qualquer coisa incrível a acontecer, se viu caminhando naquela rua que passara anos atrás vagando à procura de um grande amor. Mas que dia ruim, pensou. Nada de novo pode acontecer.
Caminhando, sentindo o vento em seu rosto, cerveja gelada na mão, "vou dar-me a oportunidade"... "quem sabe apenas por hoje me permitir a aventurar qualquer coisa que me apareça, cansado da rotina trabalhista e das vadiagens sem sentido."
Sem saber seus pés foram lhe guiando sempre em frente, mesmo que seus pensamentos conturbados e cansados lhe martelassem a cabeça, criando dores em todos os pontos de incômodo, lhe assombrando no passado e viajando no futuro, mesmo com toda essa confusão sua serenidade não foi afetada. Sim, pernas, continuem...
Ao virar-se, logo após desistir de uma grande fila, a encontra...

De longe ela diz "Olá, como vai?"

~~

"- Com certeza és a garota mais linda e maravilhosa que já encontrei em toda a minha vida, deixe-me ver seu mundo, deixe-me participar, seja apenas por hoje, talvez amanhã ou quem sabe uma semana, que dure para sempre, que dure somente por esse pequeno espaço e tempo, pequeno espaço de matéria que separa nossos corpos, tão pouco distantes, porém não tão perto quanto meu coração anseia agora, avistando-me nessa situação. "Alguns infinitos são maiores que outros" e esse infinito momento em que meus olhos fitaram os seus, por essa primeira vez, estará em meu conjunto de infinitos significáveis, onde deles levarei para a vida eterna, transformando-me cada vez mais sereno, com belos momentos de recordação. Neles poderiam haver mais, quem sabe?
Garota, mal te conheço e posso lhe dizer tanto, pelo que meu coração suspira ao meu ouvido, poderíamos ser muito mais do que apenas dois desconhecidos perguntando sobre senhas de banco. Talvez em algum espaço de tempo haja um amor verdadeiro e essencial, e sinto-me imensamente grato por ter pelo menos por alguns segundos, talvez, experimentado pelo menos alguma parte desse mesmo amor citado acima. Se eu ao menos pudesse lhe dizer, se minhas pernas se mexerem e se meus lábios pudessem pronunciar qualquer palavra... Seu eu entendesse esse raio que invadiu meu espaço, minha mente, minhas tormentas, minhas confusões, deixando nada mais que um espaço pleno e tranquilo, olhando a gama de possibilidades que poderiam surgir a partir daquele momento crítico entre um oi e um adeus. Se pudesse explicar-te, mas não. Não posso, e nem conseguirei..."

~~

-Estou bem, mas já estou de saída. Até mais...





segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014 às 01:00 , 0 Comments

Poesia complicada, perdida, desmovimentada.

"Prometa-me uma tarde de inverno, onde o vento gelado bata em nossos rostos e possamos reclamar do lábio que treme, da mão que gela, que em um abraço já se esquentou, mas agora o coração gelou.
Que os ventos não levem seu cheiro, e meu cabelo bagunçado não permaneça por muito tempo assim, que possa com confiança tocar as entrelinhas interditadas de minha vida, para pelo menos um segundo de paz dar-me-á. Pode ser na padaria, na rua ou no bar. No banco da praça ou no chão, na grama talvez então...
Só lhe garanto minhas incertezas, meu olhar, e nunca meus pensamentos, como antes fora naquele dia de calor, na cerveja de almoço, dê-me a conta seu moço, num bar em agosto.
Prometa-me que será como sempre, como deveria ser, conversas normalizadas num contexto longe do passado, que as dores esteja agora no lixo e as alegrias na memória.
Posso esperar por isso como anseio a liberdade, como anseio bater asas e voar para longe, para onde pertenço e sempre pertenci, anseio por dias assim, dias que mostrem que perdidos nos devaneios mentais não chegamos a lugar algum, que mostrem-me que estar ali de fato poderia fazer, e faz, toda a diferença. E cada respiração sua foi contada por todas minhas células respiratórias."

domingo, 9 de fevereiro de 2014 às 22:25 , 0 Comments

Necessidades básicas...

Ando refletindo bastante sobre isso, talvez mais uma maneira de entender a vida, aprender a vive-la e sentir-me bem...
Era uma noite de tpm das fortes, desanimo, vontade de chorar e sem sentido de viver, sexta feira... Passei o dia todo com "Cara de doente" como disseram no trabalho... Enfim...

As necessidades básicas de cada animal, como o ser humano não passam de comer, beber, descansar...(reproduzir, mas blablabla)
enfim, a partir daí temos nossas obrigações, nossos lazeres e nosso sonhos...
Qualquer obrigação se torna mais aproveitável com diversão, juntando assim o lazer...
Se gosto de ouvir uma música e odeio lavar louça, consigo lavar louça ouvindo música. rs...
Um ambiente em que se sinta bem... Enche-lo de energias boas e de muito amor.
Quando consigo satisfazer minhas necessidades básicas, me sinto muito bem e leve, depois disso. Podendo desfrutar mais de sorrisos e aproveitamentos de tempo...
Fico vendo essas pessoas estagnadas em casa, que ficam reclamando e reclamando (Eu era assim, acredite) e nunca fazendo nada.
Minha psicóloga me perguntou "O que um adulto faz" (Na orientação de eu entender que estou na vida adulta e não sou mais um adolescente com atitudes de adolescentes)... Eu fiquei pensando e refletindo sobre isso, porque...
Eu não sei... Eu realmente não sei o que um adulto faz, o que ele come e o que faz para se divertir, o que pensa e defeca. Não existe lá um manual onde se encontra no primeiro capítulo as meras instruções de 'uso', 'evolução', 'crescimento'... Ok, crescer deve ser difícil, aquele tapa na cara que tomamos da vida, para mostrar que as coisas passam e simplesmente acontecem, confesso que essa palavra sempre me assustou, crescer... Ao mesmo tempo que olho minhas atitudes decorridas dos anos e faço uma comparação, posso dizer que realmente alguma coisas mudaram.
Antes tinha medo de meu pensamento mudar, minhas atitudes mudarem, na real, ela mudam sim... a maioria delas... Mas ao mesmo tempo o que foi sempre essencial para minha felicidade permanecem, digo, nasci acreditando no amor, amor puro, amor ao próximo, amor à todos, não é porque estou com 50 anos que deixo de acreditar.(Exemplosfail)...O que quero dizer é que as coisas simplesmente mudam mas apenas as coisas que 'não encaixaram' no meu perfil. Talvez algo que me faça sentir melhor tenha tomado o lugar.
Voltando sobre os adultos, para mim ser adulto é ser o que eu vejo, o que eu sei sobre eles, pelas suas atitudes, mas não pela sua existência e essência...
Vejo pessoas infelizes, vejo famílias brigando, vejo guerra, fome e sangue. Vejo gravatas e vassouras, vejo formas de fazer as coisas com raiva, com gritos e violência. Vejo polícia matando pessoas, PESSOAS... Vejo nos olhos estagnados  dor e sofrimento, a incapacidade de encontrar em si forças para sair voando pelo poço... Vejo pessoas cavando sua própria cova, plantando em volta, e nem sempre são rosas.
Se ser adulto significa ter um emprego que ganhe bem e viver numa vida vazia entre dinheiro e responsabilidades, eu não quero.
Ser adulto deveria ser sobre saber administrar a própria vida, acreditar em seus sonhos e sempre seguir em frente, construir laços e espalhar o amor pelo mundo.
Ser feliz, sereno, amado.
É claro que existem as responsabilidades, e coloco elas entre as necessidades básicas da vida, assim como coloco também o lazer, os estudos, a diversão o amor... Uma coisa não funciona sem a outra. Não tem como satisfazer APENAS as necessidades 'responsabilisticas'  (?) sem que eu caia num looping eterno de fazer, fazer, fazer, me estressar, não resolver nada, fazer, fazer, errar, fazer, perder tudo e entrar na bad por dias... Sem que as minhas necessidades 'lazeristicas' da qual preciso para manter meu espirito limpo e leve, sempre sorrindo e vendo graça em tudo. Paz interior... e depois sim satisfazer as outras coisas, para que não canse, não carregue, sei lá...
Depois de um tempo as coisas já nem precisam ser separadas... Para mim crescer é isso, é chegar em um nível onde se consegue administrar as suas necessidades, e ao mesmo tempo também, respeitar as necessidades dos outros, cada um tem seu espaço, cada um precisa de um tempo para satisfazer as coisas que dão vida à sua alma... Seja baladar, seja dormir, seja fumar um baseado, seja ler, seja andar de skate, seja fazer sexo, seja qualquer porra, que te faça assim levar as outras coisas à processo...
Para mim ser adulto é ser isso, realizado, sempre em frente, cada vez mais perto dos sonhos e novos serem produzidos, ver na criança aquele mesmo brilho no olhar, que vê-se no espelho ao acordar... Para mim é amar, acima de todas as coisas, é trabalhar por algo que lhe dê mais conhecimento e dinheiro suficiente para manter-se bem. Passar de cabeça erguida por todas as batalhas, se recuperar, mesmo que lentamente, de cada fracasso.
Eu realmente não entendo essa concepção massiva de que temos que 'crescer' se dentro do sistema me mandam ser assim, eu não quero...

"Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente. Como um velho boiadeiro levando a boiada eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou...
Conhecer as manhas e a manhãs, o sabor das massas e das maças...
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir...
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega e noutro vai embora.
Cada um de nós compõe a sua historia, cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz..."


Enfim...

Feeling good.


domingo, 2 de fevereiro de 2014 às 00:35 , 0 Comments