Lendo, relendo, reaprendendo.

"Apenas perdido num mundo de fantasias,
onde pedaços de vida se compõem ao final de cada linha.
Estagnado naquele momento vil,
um disco de vinil a rodar
ganhando tempo paras se amar."

Preso, trancafiado no quarto, imaginação aflorando nos diversos contextos escritos por um autor qualquer. A vida lá fora é triste, minhas leituras me proporcionam todos os sentimentos que posso pensar em algum dia ter. Não ligo para a confusão que crio, os mundos que invento e os personagens que amo. Na minha leitura mental, ligo meus fatos, meus passados e crio sinônimos de amor, crio minhas próprias situações diversas, perdidas em linhas de pensamento sem fim, que me iludem ao amanhecer e me confundem ao fechar os olhos... Pessoas e situações rodeando minha cabeça, na mais bela poesia de cores que posso criar com os tons que encontro em seus olhos profundos, naquela nuvem de sonho, me imagino pescando flores de ouro, esmagando-as com a mão e fazendo chover gotas douradas de pó.
Vira e meche alguém aparece para me dar oi, me dar um abraço e novamente ir embora, deixando apenas seu rastro, seu cheiro e também a possibilidade sem fim de um dia se encontrar em mais um desses devaneios noturnos...
O bom mesmo é saber da realidade, e sem querer algum dia trombar com algumas dessas situações, e mesmo com a efêmera vontade de correr, as pernas não me permitiriam andar, minha boca não permitiria falar e meu coração não se tardaria a paralisar, permanecer ali sob a constante linha entre fantasia e realidade, sabendo que no final tudo aquilo aconteceu.
Restando-me apenas momentos como esse, onde a poesia encontra meus pensamentos, transforma meus medos e se forma um texto daqueles sem nexo, como tudo em minha vida não vivida....

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014 às 01:51

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