"Sem título"

Talvez esteja perdida em algum bloqueio sentimental. Estão todos lá fora lutando por alguma coisa, seja nos coletivos ou bebendo em alguma praça, seja se divertindo ou jogando video-games na sala de estar, com todos reunidos numa pequena algazarra. Ah, sinto-me orgulhosa de todos eles.
Me perco pela vida, aprisionada entre meus devaneios e a rua que me passa correndo pela janela. Vivo dizendo-me, "Meus sentimentos a ninguém importa."
Então permaneço parada ao assistir o por do sol, ou até mesmo as estrelas numa noite de lua qualquer.
Elas sempre estão lá, sempre a brilhar no meio da escuridão do céu.
Lembrando-me, também, da vastidão do universo, com todos seus mistérios a serem desvendados.
A verdade é que meu coração sangra, e tapo os buracos com mais uma chiclete mastigado e seco minhas lágrimas com o vento em meu rosto.
Olho as pessoas ao meu redor, elas todas estão tristes, isso me entristece .

Se há sempre o sol depois da tempestade, onde será o fim da tristeza da humanidade?

Será depois do caos da revolução ou não existirá, até o sistema solar engolir todo o planeta?
Não sei mais o que fazer, nem o que esperar. Por hoje minhas companhias restantes: um copo de café e um maço de cigarro.
O mundo continua girando, preciso sair daqui.

~sem data~

quarta-feira, 19 de agosto de 2015 às 00:16

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