E fui como se não pudesse mais voltar atrás,
mas foi em um dia chuvoso como esse,
que subitamente a chama voltou a queimar,
naquele abraço quente.

Voltei como se pudesse ser diferente,
mas foi naquela noite, como hoje,
que a saudade bateu tão forte,
gritando essas semanas ausente.

Como num sonho real, de repente,
estava eu, entrelaçada, novamente,
entre batidas de corações
e veias saltando alegremente.

Foi como se foi,
será quando voltar.

Entre os devaneios da vida
a sensação de perda e arrependimento,
mas foi naquela noite de mãos dadas
que pude perceber a intensidade de cada momento apreciado com calma.
Do eterno, entre idas e vindas,
do para sempre no pequeno infinito de alguns segundos,
sentir-me em casa, tranquila.
Tudo muda, o amor permanece.
E muda, mudada, descabelada,
meu peito aberto no abrigo do meu abraço,
te quero até mesmo mal humorada.

Senti a flecha colorida passando por entre os poros,
emanando a energia de nossos corações
enquanto a noite caia e a chuva... Chovia.





domingo, 29 de novembro de 2015 às 23:23

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