Eu não sei o que estou fazendo aqui, muito menos para onde eu vou. Tento fazer minha vida com todos os pedaços de segundos que me são dados a cada dia.
Eu não sei porque respiro, nem quando vou parar de respirar.
São todas essas inconstâncias das circunstancias, que já não cabem em meu bolso...
Na verdade eu não quero saber, não quero dizer. O que acontece é o que acontece e assim que são as coisas. Um dia de chuva, um dia de sol. Caindo e levantando.
As vezes a sociedade me da aquela fisgada, olhar para trás e querer o que não tenho, uma casa, uma família, um futuro, o amor. Cada fisgada me assusta, me complica, me interna.
Mas quer saber? Essas fisgadas são apenas conceitos, conceitos para controlar o meio social, ilusões não percebidas a muitos passageiros da vida.
Eu prefiro a inconstância, prefiro as não definições, os acontecimentos.
Saber que em um segundo a felicidade pode voar de minhas mãos, voar para longe para continuar a ser felicidade.
E o amor vai passeando, pulando de corações, como aquela canção que talhamos na árvore de carvalho, como aquele dia no parque de mãos dadas, como aquele adeus que ficou no ar como seu perfume ao se afastar...
Eu não sei o que é amar, eu não sei o que é amor. Não posso pegar, não posso moldar como massinhas de farinha, água e sal...
Mas posso sentir, como o sol toca minha pele e a lua clareia a rua...
E sobre as relações? Bem, ai eu realmente não sei de nada mesmo. É muita confusão e complicação em cima de algo simples, imposto pelos pais, amigos e namorados.
Se lembra daquele dia?
As flores exalavam seu cheiro, viviam com suas cores e o girassóis clamavam a luz do sol, você me deu a mão e foi embora, nunca mais voltou. E porque? Não sei também.
Não quero saber. Aconteceu na inconstância da vida. Meu coração chorou, mas como uma criança que cai logo voltou a sorrir, pois antes de ir embora, me deu a mão e disse adeus, e isso que me importa, se antes de ir me ficou a lembrança, que nada nem ninguém me tira.
Eu sei do meu passado, ele me formou mas não me rege, não me guia.
Prefiro a incerteza das ruas que nunca pisei, das pessoas que nunca conversei e dos sentimentos que nunca senti. A saudades passa por mim e é carregada pelo vento em direção aos que não estão mais presentes, levando a mesma sensação (de nostalgia talvez), que me fora oferecida antes de soprar.
E assim que tem que ser, não vai doer, não vai ficar, vai passear no vento para logo nos visitar, talvez as tempestades nos façam girar, girar 180º em direção do abraço, da voz, do encontro. Para então decidir onde soprar, talvez até a brisa sesse e se acalme por um tempo.
Estou querendo chegar à conclusão dessa inconstância, digo, não é algo que se controle.
E para falar a verdade, me sinto honrada de todas minhas tarefas e "fases" serem bem sucedidas, de tirar tanto quanto aprendizado, boas amizades e eternos amores.








quarta-feira, 23 de abril de 2014 às 01:07

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