01/12/13

      
Só essa noite,
Só essa noite fique…


"Você caminhava ao meu lado, as estrelas brilhavam e a noite estava amena, os carros passavam em alta velocidade, mas não me importo. Continuamos seguindo, caminhando, no silêncio da estrada.
Quase não acreditei ao abrir os olhos, você estava ali.
Tentei levantar-me e me mexi com dificuldade, senti a sua respiração em meu pescoço, ainda estava adormecida. Te fitei com meus olhos , tão linda, tão linda. Mal me lembro como pegamos no sono e forcei-me a lembrar. Escurecera e estavas cansada, “vamos deitar aqui” lhe disse com os olhos também cansados, era uma grama, no topo de uma montanha, mais perto das estrelas e longe de todas essas pessoas e a sociedade doente. Antes de adormecer, guardei aquele momento, como todos os outros, para em tardes como esta, lembrar-me de ti e saber que realmente existiu, em tardes como esta onde não estas aqui, em tardes como esta em que fostes embora há tempos…
Continuamos seguindo pela manhã e paramos em uma pequena cidade, me lembro dos dias em que passávamos no shopping, com aquela incerteza de dar-lhe ou não a mão. Tempos ruins. Não me importo mais com o passado, tudo o que me importa agora é essa indecisão, haveria de tomar algum. Uma ultima chance, um segundo, um momento. De uma vez por todas segurei-lhe a mão, olhando aquela pequena loja de suvenir, com a velhinha nos olhando do caixa com cara de confusa, sua mão pegou a minha, como se nossas células… Aliás, como se nossos ânions e cátions implorassem para se encontrar. O mundo parou e éramos apenas nós duas , naquela cidade no meio do nada.
Seguimos nosso destino de mãos dadas, para as montanhas ou à praia, tanto faz…
Chegando lá, com toda a sua magia de tornar tudo incrivelmente perfeito, seria uma noite maravilhosa, ou brigaríamos a noite toda, discutiríamos e depois então, nos amaríamos a noite inteira, a noite inteira…
Chegando lá nossos lábios ansiariam por um ultimo beijo, uma ultima conexão. Esperaria a vida inteira para reviver estes momentos, seus beijos únicos preenchendo todo meu ser, como se fosse a coisa mais certa, mais perfeita que existisse. Nem que se passassem mil anos, chegando lá seria assim.

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Não sei o que estamos fazendo aqui, não sei porque aceitara, é como se o universo pedisse um milhão de últimos adeus… Um milhão de despedidas, para todo o sempre, eternamente, a cada segundo, minuto, anos ou milênios..

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Após viajar em meus devaneios, meus pensamentos ilusórios, faço-lhe a pergunta que nunca lhe farei, eu que também, pela minha percepção nunca aceitaria…

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Viaja comigo ...?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013 às 01:11

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