Alone...

Sinto-me presa, travada em espinhos venenosos de rosas pretas numa floresta abandonada.
Meu coração grita, minha voz não sai som algum... Estou perdida...

Já é normal acordar sem esperanças, fui vivendo encontrando conforto e satisfação no colo de meus amigos, mas como a própria vida, algumas coisas acabam, ou se afastam por algum motivo ou força maior... Não sei...
As vezes meus sonhos visuais são piores que qualquer mal pensamento, tudo escuro, tudo morrendo. Não quero mais fechar os olhos e perco totalmente o sono, mais algumas pílulas de guaraná, um gole de café, e assim vai seguindo esse triste e solitária madrugada...
Me encontro sem soluções, só tenho a mim para resolver os problemas, não sei se estou conseguindo, está difícil... Gosto de ver o por do sol e imaginar alguém que me compreenda e não espere nada de mim de uma lágrima a um sorriso. Um lugar para descansar, um colo para chorar.
O que eu faço se não encontrar soluções? Há coisas que por mais que eu me esforce, elas não dependem só de mim...

Lembro-me daquele dia, uma noite clara e amena, gostosa de se passar na rua. Estávamos andando de skate, e depois de um longo suspiro pensei "Ah, como eu sonhei com esse momento". Ele fica guardado em minha memória, para continuar sonhando, porém me machuca não haver meios de voltarmos à esta situação. Não só um, mas dois melhores amigos.
Meu coração vai se despedaçando vendo o rumo que as coisas tomaram e já não sei nem quem sou.
Só me restaram os sonhos e os abraços muitas vezes não dados, esgotei todas as minhas fontes de energia, alegria, amor e afins. Não me resta mais nada a não ser minhas mais sinceras desculpas...
Nós nos responsabilizamos por nossos erros, nossos atos e qualquer escolha que tomamos, uma escolha minha fez toda a avalanche descer montanha abaixo, destruindo tudo quanto é tipo de esperança que havia no caminho. Já não sei onde encontrar forças.
Sei que sinto uma enorme vontade de quebrar tudo, quebrar cada costela, parar logo esse coração que só me causa problemas, um grito querendo sair do meu peito, um peso inexistente em minhas costas...
Tenho medo de me desesperar e nunca mais conseguir parar de chorar, queria correr nesses colos que tanto conheço, chorar todas as minhas lágrimas, como já fizera no passado, rasgar toda essa saudade e retornar ao tempo de harmonia e companheirismo. Talvez o erro esteja mesmo em mim, há soluções, talvez, em qualquer tipo de isolamento, fuga... Não mereço nada disso. Só quero resolver logo estas coisas. Tic, Tac faz o relógio, tudo que começa tem um fim. Espero não morrer antes de dizer todos os Eu Te Amo trancados secretamente em meu peito. Dois dias, dois dias...

Apenas isso...

tic tic tac






terça-feira, 17 de dezembro de 2013 às 22:41

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