A noite está bela e a lua chora.

Por algum motivo nascera para tomar toda a culpa. Todos gritam, todos gritam, alguns batem e insultam...
Trancada de novo em seu quarto, como se fosse apenas o único lugar do mundo onde poderia escolher não existir.
A música consome seu ser e tudo que deseja é que a altura dos fones de ouvido possam ser tão altas que nada mais seja escutado, nem seus pensamentos desesperados.
Cada batida de seu coração sangra, como se estivesse mortalmente ferido...

Mais uma vez sozinha...

O silêncio se faz diante de tantos gritos, os pensamentos voam como borboletas assassinas, a ponto de, se toca-los, serão feridos pelo corte de suas asas. A paredes em branco formam uma caixa sem saída, mais seguro assim, as portas estão trancadas não há perigo.
Da janela fechada da para imaginar o céu escuro e a ausência das estrelas nessa noite, todos os objetos, todas as decorações, eles não valem de nada.

Mais uma vez confusa...

A raiva vai se consumindo, as lágrimas não param de cair, não há nada para fazer essa dor parar, todos os caminhos levam apenas para uma única escolha ... Fugir ...
Correndo mais rápido do que esses medos que a cercam, a rua vazia parece tranquila.
Correndo tão rápido que não se dá mais para ver a paisagem, muito menos o caminho, correndo tanto a ponto de seus pulmões explodirem. Não se sente nada, apenas os batimentos desesperados de seu coração, batendo, como se fosse sair do lugar...
Ontem mesmo estava em meu porto seguro, que desapareceu.
Desapareceu...

...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013 às 00:11

0 Comments to " "

Postar um comentário